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segunda-feira, janeiro 20, 2025

Com respaldo de Trump, advogada assume comando do Agro nos EUA com promessa de mudanças drásticas do setor

Brooke Rollins se torna responsável por um dos maiores órgãos do governo americano.

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Nesta segunda-feira, 20, Donald Trump, ao iniciar seu segundo mandato como presidente dos Estados Unidos, nomeou oficial a advogada e empresária Brooke Rollins, de 52 anos, para liderar o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA). Rollins assumirá o cargo no emblemático Jamie L. Whitten Building, localizado em Washington, DC, tornando-se responsável por um dos maiores órgãos do governo americano.

Esposa, mãe, coach, CEO e diretora de Política Doméstica, assim Brooke Rollins se define nas redes sociais. Nascida e criada no Texas, Rollins possui uma forte conexão com o agronegócio, segundo a revista Forbes.

Criada em uma fazenda em Glen Rose, onde sua família cultivava milho, batata e soja, ela formou-se em Desenvolvimento Agrícola pela Texas A&M University, em 1994. Após anos de atuação em escritórios de advocacia e assessoria política, incluindo cargos estratégicos ao lado do ex-governador do Texas, Rick Perry, Rollins ganhou destaque ao fundar o America First Policy Institute, think tank alinhado com a agenda política de Trump.

O nome de Brooke Rollins para a Secretaria de Agricultura dos EUA foi confirmado por ela mesma, em 23 de novembro de 2024, quando fez uma publicação nas redes sociais em que afirmou que será uma honra da vida dela “lutar pelos agricultores americanos.

“Será a honra da minha vida lutar pelos agricultores americanos e pelas comunidades agrícolas da nossa região. Isto é grande coisa para uma menina de uma cidade pequena de Glen Rose, Texas – verdadeiramente o sonho americano no seu melhor”, escreveu no Instagram, em publicação no ano passado.

Trajetória

Durante o primeiro mandato de Trump (2017-2021), Rollins liderou a política interna da Casa Branca, consolidando sua reputação como defensora do agronegócio e da autossuficiência alimentar americana.

Segundo a Forbes, a USDA é um dos departamentos mais estratégicos do governo americano, com cerca de 100 mil funcionários em 4.500 operações distribuídas pelo país e pelo mundo, incluindo escritórios no Brasil. Rollins enfrentará questões complexas, como o aumento dos custos para produtores locais, as tensões comerciais com a China e o envelhecimento da força de trabalho rural.

Uma das promessas de campanha de Trump, reafirmadas pela nova secretária, é combater barreiras comerciais “injustas” que impactam os agricultores americanos, revitalizando pequenas comunidades agrícolas e fortalecendo o comércio exterior.

O agronegócio é vital para a economia dos Estados Unidos, representando 5,5% do PIB do país em 2023, o equivalente a US$ 1,537 trilhão. O setor emprega 22,1 milhões de pessoas, sendo 2,6 milhões diretamente em fazendas. Milho, soja, trigo, algodão e carnes são as principais commodities produzidas, com destaque para regiões como o Corn Belt e as Grandes Planícies.

Contudo, o setor enfrenta desafios como a redução no número de propriedades rurais e o envelhecimento dos produtores: quase 40% deles têm 65 anos ou mais. Rollins terá a missão de criar políticas para atrair jovens ao campo e fortalecer a competitividade do agro americano no cenário global.

Expectativas

Antes de sua nomeação oficial, uma coalizão de 400 organizações agrícolas expressou apoio à escolha de Rollins, destacando sua experiência no setor e compromisso com os produtores.

Com o respaldo de Trump e das principais lideranças agrícolas, Rollins inicia sua gestão prometendo revitalizar o setor, fortalecer as exportações e priorizar o bem-estar das comunidades agrícolas.

 

(*) Com informações da Forbes Brasil

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