Mesmo após ser preso por suspeita de compras de votos, o vereador Genilson Costa (Republicanos) foi reeleito presidente da Câmara Municipal de Boa Vista para o biênio 2025-2026, em eleição realizada no Teatro Municipal na noite de 1º de janeiro de 2025. Com 14 votos dos 23 vereadores, Costa derrotou a vereadora Aline Rezende (Progressistas), que obteve nove votos.
A reeleição de Costa marca seu terceiro mandato consecutivo à frente da Câmara, tornando-o o presidente mais longevo da história do Legislativo municipal, com seis anos no cargo. A votação foi marcada por vaias e protestos de familiares e amigos de aliados da chapa adversária, além de aplausos de seus apoiadores.
Em outubro de 2024, Genilson Costa foi preso pela Polícia Federal durante a Operação Martellus, que investigava um esquema de compra de votos com apoio financeiro do tráfico de drogas nas eleições municipais daquele ano.
As investigações apontaram que, com o auxílio de agentes públicos, incluindo o subcomandante-geral da Polícia Militar, coronel Francisco das Chagas Lisboa, Costa teria utilizado recursos ilícitos para influenciar o resultado eleitoral.
Apesar das acusações, Costa foi solto dias após sua prisão, por decisão judicial, e continuou exercendo suas funções parlamentares.
A nova mesa diretora da Câmara Municipal de Boa Vista, sob a presidência de Genilson Costa, será composta por Júlio Cézar Medeiros (MDB) como primeiro-vice-presidente, Thiago Saraiva (PSD) como segundo-vice-presidente, Tuti Lopes (Podemos) como primeira-secretária, Inspetor Daniel Mangabeira (PDT) como segundo-secretário e Adnan Lima (DC) como terceiro-secretário.
O Convergente entrou em contato com Genilson Costa, por meio das redes sociais, e solicitou um posicionamento sobre a pauta. Até a publicação, sem retorno.