Nesta semana, a Polícia Federal indiciou o ex-candidato a prefeito Pablo Marçal (PRTB) por divulgar um laudo médico falso contra Guilherme Boulos (PSOL), à época candidato a prefeito da capital paulista. O laudo falso associava Boulos ao uso de drogas, às vésperas do primeiro turno das eleições municipais.
Nesta sexta-feira (8), Marçal prestou depoimento por cerca de duas horas na Superintendência Regional da PF em São Paulo. Na apuração, o órgão concluiu que o laudo divulgado por Marçal é falso.
Vale lembrar que a Polícia Civil também já apurado o laudo chegado a conclusão que o documento era falso. De acordo com a reportagem da Folha de S. Paulo, o crime apontado no indiciamento é o de uso de documento falso.
A imagem divulgada em rede social nas vésperas da eleição no 1º turno mostrava um prontuário médico atribuído à clínica Mais Consulta. O documento afirmava que Boulos teria sido atendido em janeiro de 2021 por um surto psicótico. O laudo falso também afirmava que o acompanhante do deputado do PSOL teria levado um exame toxicológico que apontaria a presença de cocaína.
Na véspera da eleição, o juiz responsável pelo processo de natureza criminal determinou a suspensão das redes sociais de Marçal por 48 horas. Na época, o juiz negou pedido de prisão, que tinha sido feito por Boulos.
A filha do médico que aparecia na assinatura do laudo falso afirmou que ele nunca trabalhou na clínica e entrou com processo contra Marçal. O profissional morreu em 2022.
A partir do indiciamento, o Ministério Público receberá o inquérito e avaliará se apresenta denúncia, se pede mais investigações ou se recomenda o arquivamento do caso. O indiciado vira réu apenas a partir do momento em que a Justiça receber eventual denúncia. A Justiça Eleitoral também investiga o caso do laudo falso.
*Com informações da Folha de S.Paulo
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