No último domingo (6), Nestor Tissot (PP) foi reeleito à Prefeitura de Gramado com 78,20% dos votos e 18.553 votos. O PP, além de reeleger Nestor e o vice, Luia Barbacovi, elegeu sete dos nove vereadores eleitos para a Câmara a partir de 2025.Os outros dois são do Republicanos, aliado do partido.
Nas últimas eleições, o partido elegeu apenas quatro vereadores e teve que governar com minoria no Legislativo, já que a Oposição da Câmara era maioria com cinco vereadores: Professor Daniel (eleito pelo PT e que depois mudou para o PSDB), Cícero Altreiter (MDB), Renan Sartori (MDB), Rodrigo Paim (MDB) e Celso Fioreze (PSDB).
Nas eleições deste domingo, PSDB e MDB não elegeram nenhum vereador.
Já em 2024, foram eleitos os seguintes vereadores: Rafael Ronsoni (2.714 votos), Jeferson Moschen (1.935 votos), Carlos Foss (1.922 votos), Lucas Roldo (1.353 votos), Ike Koetz (1.241 votos), Pedro Lazaretti (1.092 votos) e Neri da Farmácia (597 votos).
Roberto Cavallin(634 votos), Dra. Maria de Fátima (617 votos), ambos do Republicanos e da base de Nestor também foram eleitos.
Nomes tradicionais ficaram de fora pelo coeficiente eleitoral e partidário. Os partidos PSDB e MDB, tradicionalmente elegiam vereadores no pleito municipal há anos.
Nomes comoProfessor Daniel (PSDB) que mais uma vez teve uma votação expressiva com 1097 votos, Paim (MDB) com 765 votos, Celso Fioreze (PSDB) com 536 votos, pro exemplo, não foram eleitos e ficaram de fora.
O que é quoeficiente eleitoral?
O cálculo é feito dividindo a quantidade de votos válidos para determinado cargo pelo número de vagas para aquele cargo.
Se o número do quoeficiente eleitoral for fracionado, será arredondado para mais ou para menos. Se for menor ou igual a 0,5, a fração é desconsiderada. Quando a fração é maior que 0,5, arredonda-se para cima.
Já o quoeficiente partidário define o número de vagas a que cada partido terá direito. O cálculo é feito dividindo a quantidade de votos válidos para determinado partido ou federação pelo quoeficiente eleitoral.
A explicação está nosistema proporcional de votação, que é utilizado nos pleitos para as câmaras municipais, assembleias legislativas e Câmara dos Deputados. A conta não é muito simples, e, por isso, há casos de candidatos com menos votos que se elegem e há outros bem votados que não conquistam o mandato.
A ideia do sistema proporcional é manter a pluralidade das correntes políticas de pensamento, dando chances a candidatos dos diversos partidos que disputam as eleições. Para isso, há dois cálculos: o quoeficiente eleitoral e o quoeficiente partidário.
Para serem eleitos, os candidatos precisam apenas cumprir dois requisitos: ter votação equivalente a pelo menos 10% do quoeficiente eleitoral; e estar dentro das vagas a que o seu partido ou federação terá direito, que é determinado pelo quoeficiente partidário. No cálculo de quoeficiente partidário, as federações de partidos são consideradas como um único partido político. As coligações para eleições proporcionais foram extintas em 2017.
Com informações do Gramado acontece*
Ilustração: Giulia Renata
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