Em meio à seca severa e aos incêndios florestais que têm devastado o Pará, o governador Helder Barbalho decretou, nessa terça-feira, 17, situação de emergência ambiental no Estado. Segundo chefe do Executivo estadual, pelo menos 15 municípios paraenses já enfrentam um cenário de crise por conta da estiagem e o desflorestamento.
“Assinei um decreto de emergência ambiental em razão das queimadas e da estiagem em nosso estado. Com isso, já encaminhei à Defesa Civil Nacional o pedido de reconhecimento e todas as estratégias de enfrentamento. Além disso, recebi do Corpo de Bombeiros e de diversas instituições o nosso Plano Emergencial para combater as queimadas, a estiagem e os focos de incêndio”, afirmou o governador do Pará, Helder Barbalho.
Ainda de acordo com o governador, Pará enfrenta um aumento do número de incêndios e da estiagem que se estende e afeta diversas regiões do estado, resultando na redução dos níveis da água em reservatórios, rios e aquíferos.
As regiões mais afetadas incluem Araguaia, Baixo Amazonas, Carajás, Guajará, Guamá, Lago de Tucuruí, Marajó, Rio Caeté, Rio Capim, Tapajós, Tocantins e Xingu.
Os impactos da vazante e do fogo têm causado a crise também na agricultura, no abastecimento de água potável, na pecuária e em outras atividades econômicas essenciais. Segundo Barbalho, somente com incêndios, o Estado registrou aumento de 200% em 2024 em comparação ao mesmo período do ano passado.
“Registramos um aumento de 200% nos focos de queimadas em comparação com o mesmo período de 2023. Estamos com brigadistas e equipes atuando nas áreas mais críticas, além de equipamentos e aeronaves para enfrentar este cenário de crise, especialmente nos 15 municípios mais afetados”, disse Helder Barbalho.
Decreto
O decreto declara situação de emergência de nível 2 em todo o território paraense, em virtude da estiagem e de seus desdobramentos, como os incêndios florestais em parques e áreas de proteção ambiental (APA), além de outras áreas de preservação, tanto nacionais quanto estaduais e municipais. Os incêndios em áreas não protegidas também prejudicam a qualidade do ar.
A medida autoriza a mobilização de todos os órgãos estaduais sob a coordenação da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil para ações de resposta ao desastre e recuperação dos cenários afetados. Também está prevista a execução de programas prioritários de recuperação, além da possibilidade de convocar voluntários para reforçar as ações de resposta, seguindo as orientações de segurança e os protocolos de saúde.