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quarta-feira, setembro 18, 2024

Maduro cita Eleição Presidencial brasileira após Lula cobrar provas da vitória do político, na Venezuela

O posicionamento veio após Brasil e Colômbia cobrarem a apresentação das atas das mesas eleitorais, que até agora o governo se recusa a apresentar

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O atual presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, voltou a tecer críticas a países que afirmaram não reconhecer a legitimidade de sua vitória nas Eleições Presidenciais, ocorridas em 28 de julho. Durante evento ocorrido na última quarta-feira (28), Maduro citou a eleição brasileira de 2022, na qual o ex-presidente Jair Bolsonaro não reconheceu a derrota para Luiz Inácio Lula da Silva.

O presidente Lula declarou, nesta sexta-feira (30), durante entrevista à rádio Mais da Paraíba, que não aceita nem a vitória de Nicolás Maduro, e nem de Edmundo González, líder da oposição, sem que as provas dos resultados da eleição sejam divulgados pela Suprema Corte venezuelana.

“Não aceito nem a vitória dele nem da oposição. Ele fala que ganhou, a oposição fala que ganhou, e não tem prova. Então o que estamos exigindo é a prova”, afirmou.

Além do governo brasileiro, outros países da América solicitaram a divulgação das atas eleitorais para reconhecerem o resultado oficial e constatar que não houve nenhum tipo de fraude nas eleições. Entretanto, o Supremo Tribunal venezuelano nega a divulgação das atas, e determina que as mesmas devem permanecer sob resguardo judicial.

“E com a moral constitucional, institucional bolivariana que temos, exigimos ao mundo que não se metam nos assuntos internos da Venezuela e respeitem a soberania e a vida interna da Venezuela”, disse Nicolás Maduro.

O até então, presidente não deixou de citar os eventos de 8 de janeiro, configurado por ataques antidemocráticos às sedes dos Três Poderes brasileiros. Jair Bolsonaro também foi alvo de críticas.

“Bolsonaro foi para Miami, e em 8 de janeiro de 2023 dirigiu um ataque parecido ao que teve na Venezuela, dos ‘comandos’ de Bolsonaro aos Três Poderes públicos do Brasil”, comentou Maduro.

“E o que a Venezuela fez? Condenamos imediatamente os atos violentos, fascistas de Bolsonaro e apoiamos a democracia, a Constituição e o poder estabelecido no Brasil. Sem opinar sobre os assuntos internos. Assim foi, e assim deve ser”, acrescentou.

Veja vídeo:

 

Segundo informações da CNN, ainda na quarta-feira (28), o procurador-geral do Ministério Público da Venezuela, Tarek William Saab, criticou Lula e Gustavo Petro, presidente da Colômbia.

“Essas atitudes intervencionistas, assim como as do Lula, denuncio também as do Petro, são inaceitáveis. Porque quando eles tiveram seus problemas de caráter legal, eleitoral, nas disputas eleitorais, a Venezuela não se intrometeu. Não opinou”, disse Saab a jornalistas após um pronunciamento.

Mesmo depois da decisão da Suprema Corte venezuelana em manter o sigilo das atas, o que por enquanto mantém a vitória de Maduro, o Brasil mantém, a posição de não reconhecer a vitória de Maduro (e nem de Gonzaléz), e cobra a apresentação das atas das mesas eleitorais, que até agora o governo se recusa a apresentar.

 

 

 

 

 

 

 

 

Com informações da CNN*

Ilustração: Marcus Reis

Leia mais: Entenda a decisão que pode acabar com a rede social X no Brasil

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