Candidato a vice Luiz Castro revela 'mudança de planos' nos bastidores políticos e faz avaliação dos candidatos a prefeito

Espaço para receber os candidatos a vereadores e candidatos a vice-prefeito, o programa ‘Politizando’, do O Convergente, recebeu o candidato a vice-prefeito Luiz Castro (PDT), que compõe a chapa do candidato Marcelo Ramos (PT). O programa foi ao ar nesta quinta-feira (29), no canal do Youtube do O Convergente.

Logo no início no programa, o candidato a vice contou detalhes de como foram as tratativas para concorrer ao pleito. Anteriormente, Castro colocou seu nome à disposição para a verenaça, e revelou no Politizando que não estava ‘com disposição’ para disputar uma vaga na Câmara Municipal de Manaus (CMM).

“Foi uma decisão tomada com certa rapidez. O Marcelo me chamou para conversar e colocou que era importante que eu fosse o vice dele, que isso iria dar uma solidez maior, um referencial maior para a campanha dele. Ao mesmo tempo, pesei vários fatores, pessoais e familiares, e um conjunto de fatores me levou a decisão de aceitar”, iniciou.

“É uma relação de aliança política do PDT e PT. Claro, cada um dentro do seu perfil, o PDT tem sua trajetória nem sempre coincidente com o PT. Mas, na conjuntura política atual, o PDT e o PT estão alinhados e isso foi acertado também. […] Foi um conjunto de fatores, a orientação do nacional, o convite do Marcelo, minhas questões pessoais, até porque a eleição vai além […] e eu percebi que não estava motivado como deveria estar”, detalhou.

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Bastidores

Antes de ser candidato a vice de Marcelo Ramos, o candidato Luiz Castro e o partido PDT tiveram tratativas com outros candidatos, como o caso de David Almeida (Avante) e Roberto Cidade (União Brasil). No Politizando, o candidato explicou o motivo pelo qual não ocorreu do PDT integrar o arco de alianças de ambos os candidatos a prefeito.

“Não foi possível, o David queria impor uma obrigatoriedade de dois vereadores já eleitos entrarem no partido e isso iria criar uma desarmonia muito grande no PDT, porque os pré-candidatos achavam que iriam ter chances de ganhar […]. Conversamos com o Cidade, uma conversa amistosa, porém, recebemos uma cobrança da nacional para um alinhamento com o Marcelo Ramos […], nós fomos chamados para uma conversa em Brasília e essa decisão acabou acontecendo por aceitarmos essa orientação de Brasília”, alegou.

“Eu e o Marcelo representamos políticos maduros, mas com visão de mudança […]. Entendemos que é possível fazer diferente e não ficar refém de certos interesses”, explicou.

Estratégias

O candidato a vice ainda comentou sobre as estratégias para o pleito que o PDT tem tomado. De acordo com ele, o partido possui um time representativo de candidatos a vereadores, com expectativa de eleger três candidatos para a CMM.

“Temos o objetivo de fazer ao menos 3 vereadores. É um conjunto, temos um time muito bem distribuído, pessoas que concorreram em outras eleições […], várias pessoas que trazem a representação de um segmento importante e o partido está tendo uma representatividade de toda sociedade”, disse.

Ao comentar sobre a CMM, o candidato falou que gostaria de uma renovação quase total e também pontuou dois fatores que ele acredita que estão deixando a Câmara ‘empobrecida’

“Acho que o ideal seria que voltassem 10% dos vereadores, que tivesse uma renovação quase que total. Sabemos que isso não vai acontecer”, iniciou. “Essa qualidade empobreceu. É difícil falar quem tem o discurso mais pobre, mais fraco. Acho que empobreceu por dois fatores: a mercantilização da política […]; falta uma melhor avaliação na qualidade individual de cada político”, pontuou.

Roleta Política

No quadro ‘Roleta Política’ do Politizando, o candidato a vice sorteou três rostos dos sete candidatos a prefeito de Manaus. O primeiro deles foi Roberto Cidade, o qual ele alegou ser uma ‘pessoa educada’, no entanto, não conhece os problemas de Manaus.

“Ele é uma pessoa educada, de bom trato. Político que no interior tem um potencial imenso […]. O Roberto não é exatamente o ano de Manaus, como é o Marcelo […]. O Roberto é uma pessoa mais do interior, não estou desqualificando”, avaliou.

Questionado sobre a escolha do candidato a vice na chapa de Cidade, Coronel Menezes (PP), Luiz Castro afirmou que a chapa tem tentado ganhar o eleitorado de direita. “Ele fez a escolha dele, com um eleitorado que tem identidade com a direita, para enfraquecer o Capitão Alberto Neto, que é de fato o candidato representativo no Amazonas”, opinou.

O segundo rosto sorteado por ele foi do candidato Gilberto Vasconcelos (PSTU), o qual Luiz Castro classificou como ‘ultraesquerda’. “Ela preenche o perfil de ultraesquerda, é uma esquerda que nunca conseguiu chegar a lugar nenhum no Brasil e no mundo. É uma visão utópica, com todas as boas intenções que eu acredito que ele tenha, você percebe que essa ultraesquerda defende algo que é uma ruptura que não é mais possível”, disse.

O último rosto foi do candidato à reeleição David Almeida (Avante). De acordo com Luiz Castro, ‘faltou assessoria política’ para que o atual gestor cometesse alguns erros na gestão.

“Ele não é uma pessoa incapaz, é um homem inteligente. Mas o governo dele é cheio de altos e baixos. Em algum momento, faltou ao David fazer uma gestão diferenciada […]. Outro problema que aconteceu é que ele gerou muitas expectativas que não puderam ser cumpridas […]. Talvez faltou uma assessoria política melhor para evitar esses erros”, afirmou.

O programa Politizando, do O Convergente, tem como intuito oferecer espaço igualitário e democrático para todos os candidatos a vice-prefeito de Manaus, promovendo um debate interativo sobre o cenário político local.

Confira o programa na íntegra: