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quinta-feira, setembro 19, 2024

Candidato a prefeito de Manaus, Gilberto Vasconcelos, opina sobre cenário político no programa ‘Debate Político’

O candidato a prefeito de Manaus foi o convidado da semana da nova temporada do programa Debate Político, apresentado pela CEO da empresa Erica Lima

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No primeiro programa “Debate Político” do mês de agosto, que foi ao ar nessa terça-feira (6), O Convergente recebeu o candidato a prefeito de Manaus, Gilberto Vasconcelos (PSTU), que comentou sobre sua vivência política e deu opiniões sobre o atual cenário político. A nova temporada do programa foi apresentado pela CEO da empresa Erica Lima e exibido pela TV Rede Onda Digital, através do canal 8.2, e pelo canal do Youtube da Rede Onda Digital.

No início da entrevista, o candidato do PSTU comentou que um dos seus objetivos em colocar o seu nome à disposição para concorrer à Prefeitura de Manaus, se dá por acreditar que a classe trabalhadora também pode governar.

“Acredito que a classe trabalhadora tem condições de governar, ela que produz todas as riquezas, todas as coisas mais impressionantes que a humanidade já viu foi feita pela classe trabalhadora. Por isso, acredito que ela tem a capacidade de governar e, por isso, estamos lançando a candidatura do PSTU para dizer que a classe trabalhadora precisa se organizar para governar e dirigir a cidade”, disse.

À apresentadora, Gilberto Vasconcelos apontou que iniciou a militância ainda na adolescência, quando buscava por lazer no bairro em que morava, mas não haviam opções. Anos depois, após começar a trabalhar no Distrito Industrial, ele afirmou que passou a observar buscar por melhorias salariais.

“A militância vem de antes, milito desde os 14 anos de idade. Quando eu era adolescente, procurava espaço para praticar esportes, porque lazer na cidade não tinha, e aí começou minha militância para procurar um lugar para jogar vôlei, jogar basquete, futebol […]. No distrito industrial eu comecei a ver que a gente produz tanta riqueza que quando chega no final do mês, o salário não dá para pagar as contas e depois me reuni com o Sindicato dos Metalúrgicos para lutar por melhoria salarial […]. Acabei conhecendo o pensamento marxista, que explica como funciona a sociedade e como as coisas são do jeito que são”, comentou.

Cenário político

Questionado sobre o motivo pelo qual o PSTU não se uniu ao PSOL, o candidato a prefeito comentou que ambos os partidos buscaram formas para se unir, porém, não houve um consenso. Ele ainda fez comentários sobre a candidatura de Marcelo Ramos (PT).

“Quando o PSOL surgiu, buscamos formar um partido juntos: o PSTU deixaria de existir e os radicalistas que saíram do PT formaram o PSOL […]. Você vê o PSol querendo retirar sua candidatura a prefeita querendo apoiar a candidatura de Marcelo Ramos e ele foi, quando vice-presidente da Câmara Federal, o presidente da reforma da previdência que atacou todos os trabalhadores do Brasil”, alegou.

Ainda durante o Debate Político, o candidato pontuou que acredita que todos os adversários estão preparados, porém, o que diferencia são os projetos políticos. “Acho que todos são preparados, porque por trás de cada candidato tem um projeto político. A população vota por nome, é gosto pessoal, o projeto político que está por trás deles é quem vai governar a cidade. Por isso que eu acho que as pessoas tem que sair dessa superficialidade”, disse.

Além disso, Gilberto Vasconcelos foi questionado sobre a gestão de David Almeida (Avante), onde alegou que o candidato à reeleição não teve um direcionamento durante os anos de governo.

“David Almeida já demonstrou nesses anos de governo que ele não tem orientação. O desemprego cresceu brutalmente, a cidade ficou abandonada, tudo bem que nos últimos meses está sendo inaugurado parque de diversões, obras de impacto visual, mas isso não resolve problema. Para ser prefeito, é preciso muito mais que ser administrador do caos, é preciso apresentar soluções para os problemas e eu não vejo isso para o David Almeida”, disse.

Jogo das Cartas

Em novo formato, o Jogo das Cartas do Debate Político agora traz temas, como infraestrutura, fake news, economia, entre outros. O primeiro tema sorteado por Gilberto Vasconcelos foi ‘economia’, onde ele afirmou que a situação de Manaus é crítica.

“O principal problema da economia da Prefeitura de Manaus é desemprego. Uma cidade com 2 milhões, mais ou menos 1 milhão de pessoas ativa. Essa cidade está crítica, a situação está à beira do caos, para gerar emprego, você tem que gerar todas as condições estruturais, Manaus precisa de logística […]. A partir da criação de uma infraestrutura, você pode gerar emprego, mas também é necessário fazer um plano de obras públicas. A economia vai mexer com todas as áreas da cidade, mas o plano de obras públicas é necessário e emergencial para gerar emprego”, disse.

Outros assuntos também foram abordados por ele, como fake news e infraestrutura. Ao falar sobre a temática da educação, ele deu nota 5 para o quesito na gestão de David Almeida e ainda comentou sobre a realidade da alimentação escolar.

“Eu sou professor da rede municipal e também dou 5 para educação, mas para o mérito dos professores. A educação de Manaus é muito ruim porque não temos a estrutura adequada […]. A merenda escolar está ruim, o repasse que é feito para a merenda escolar está em torno de 28 centavos por aluno, que não dá para proporcionar uma merenda decente. […]. Quando você vai fazer propaganda, você prepara todo um cenário, você não vai fazer propaganda quando essa realidade é ruim […]. A prefeitura prepara todo um cenário, pinta a escola, é uma realidade maravilhosa no sentido maravilhoso”, pontuou.

Urna Política

O programa Debate Político ainda conta com um novo quadro, o ‘Urna Política’, onde é sorteado um rosto de personalidades do cenário político amazonense. Gilberto Vasconcelos estreou esse quadro com a figura da candidata a vice, Maria do Carmo Seffair (Novo).

“Não a conheço, não sei o que ela fez pela cidade. Só sei que ela é dona da Fametro, empresa de educação. Essa movimentação que aconteceu, fez um lançamento como de costume para se aparecer, se pontua nas pesquisas […], vejo que sendo vice do Capitão Alberto Neto, acho ruim. Essa turma tem aquela ideia da escola sem partido, escola militarizada, cenário de militarismo”, avaliou.

A outra imagem sorteada foi a do presidente Lula (PT), o qual ele criticou e alegou que o mesmo governa para os bilionários. “Como trabalhador, dou nota 4. Não podemos pensar no Lula só hoje, ele tem uma história […]. Lula não governa para os trabalhadores, ele governa para os bilionárias. A manutenção dos juros mais altos do mundo faz com que a população perca cerca de 800 bilhões de reais, não consigo dar uma nota alta para uma realidade como essa”, disse Gilberto Vasconcelos.

A última imagem sorteada pelo candidato foi a do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o qual ele afirmou que é uma influência negativa em Manaus. “Ele é uma influência muito negativa, ele representa o que há de mais atrasado no pensamento político […]. Ele não se incomoda com ditadura, em reprimir a população e os problemas sociais são tratados como crime. Essa turma toda vê os problemas sociais como fruto da preguiça e marginalidade. Eles não tem proposta de resolver os problemas sociais atacando o que os causas, mas sim de reprimir aqueles que estão sofrendo com os problemas que eles defendem”, comentou.

Assista o programa na íntegra:

Leia mais: “A Câmara está refém de uma briga entre o governador e o prefeito”, diz Luiz Castro no programa ‘Debate Político’

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Por Camila Duarte

Ilustração: Marcus Reis

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