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segunda-feira, setembro 16, 2024

Maduro e opositores transformam as ruas em palco de manifestações na Venezuela

Manifestantes a favor e contra o governo se enfrentam em protestos neste sábado

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Após o sábado (3) de protestos na Venezuela, o presidente Nicolás Maduro e os principais opositores María Corina Machado e Edmundo González celebraram nas redes sociais o apoio de seus seguidores nas ruas do país.

A manifestação em apoio à reeleição de Maduro ocorreu em frente ao Palácio de Miraflores, em Caracas. Intitulada “Grande Marcha Nacional pela Defesa da Paz” (Gran Marcha Nacional por la Defensa de la Paz), a marcha faz referência à alegação do presidente de que a oposição optou pela violência e planeja ataques nas ruas.

“Hoje, brilhou a bandeira nacional com suas oito estrelas por todo o país, o estandarte que levou a liberdade pela América do Sul. Viva o Tricolor Nacional!”, escreveu o presidente nas redes sociais.

Maduro ainda não comentou diretamente sobre as manifestações da oposição, que o acusam de fraude na reeleição. Em resposta, Edmundo González afirmou nas redes sociais que se considera o verdadeiro vencedor das eleições, e que os protestos contra Maduro são uma forma de o povo exigir o reconhecimento desse resultado.

“Os venezuelanos expressaram claramente a vontade deles em 28 de julho com o nosso triunfo eleitoral. Hoje, a Venezuela unida saiu, sem medo, em paz e em família, a exigir que se respeite sua decisão nas urnas. Conseguiremos que a sua decisão seja respeitada e iniciaremos a reinstitucionalização da Venezuela”, escreveu o candidato.

A líder oposicionista María Corina Machado denunciou que o governo de Maduro está reprimindo com brutalidade aqueles que questionam o resultado das eleições. Ela afirmou que os protestos nas ruas são uma reação direta contra o governo.

“Depois de seis dias de repressão brutal, acreditaram que iam nos calar, parar ou atemorizar. Vejam a resposta. Hoje, a presença de cada cidadão nas ruas da Venezuela demonstra a magnitude da força cívica que temos e a determinação de chegar até o final”, escreveu Corina.

Até o momento, o grupo de defesa de direitos Human Rights Watch reporta a morte de pelo menos 20 pessoas durante os protestos pós-eleição. O governo, por sua vez, afirma que cerca de 1.200 pessoas foram detidas em relação às manifestações.

Leia mais: Maduro obtém 51,9% dos votos com 96% das urnas apuradas, conforme boletim do CNE
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Da Redação/Agência Brasil
Ilustração: Marcus Reis

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