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segunda-feira, setembro 9, 2024

Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, diz que Venezuela ‘se afasta’ da lisura do processo eleitoral

"Numa democracia, a lisura e a transparência do processo eleitoral que assegurem a prevalência da vontade do povo são base essencial e insuperável", disse Pacheco

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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, declarou em comunicado oficial divulgado nesta terça-feira (30) que o governo da Venezuela“se afasta” da lisura e transparência nos processos eleitorais.

O Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE) anunciou a reeleição do presidente Nicolás Maduro após as eleições realizadas no último domingo (28). A oposição contesta o resultado, destacando que o CNE não divulgou as atas eleitorais que confirmam a contagem de votos para cada candidato.

Para Pacheco, o governo Venezuelano não apresenta os valores que garantiriam a legitimidade democrática do processo eleitoral. Ele também afirmou que as violações à democracia devem ser apontadas sem “casuísmo”.

Confira a nota:

Numa democracia, a lisura e a transparência do processo eleitoral que assegurem a prevalência da vontade do povo são base essencial e insuperável. O governo da Venezuela se afasta disso ao não demonstrar esses valores com clareza.

A luta pela democracia não nos permite ser seletivos e casuístas. Toda violação a ela deve ser apontada, prevenida e combatida, seja contra quem for.

Sob suspeição

O senador Chico Rodrigues (PSB-RR), presidente do Grupo Parlamentar Brasil-Venezuela, afirmou em entrevista à Rádio Senado que as eleições estão “sob suspeição”. Rodrigues acompanhou o pleito em Caracas, como observador internacional, e relatou que já havia nesse país a expectativa de que o resultado não seria “pacífico e real”. Para ele, o momento é “muito tenso”.

“Os relatórios a serem apresentados serão resultado do que vimos com nossos próprios olhos. Não houve transparência para legitimar o processo. As eleições estão sob suspeição”, disse.

O senador observou que a Venezuela é um país com importância estratégica, dadas as condições geopolíticas, e destacou que a normalização desse processo interessa ao Brasil. Para ele, é “impossível” aceitar que os resultados das eleições no país vizinho não sejam transparentes e legitimados pela opinião pública.

“O mais importante de tudo é a apresentação das atas das sessões eleitorais. São elas que legitimam a eleição. O governo [venezuelano] criou dificuldade para divulgar essas atas. Nós observadores achamos muito estranho a proclamação imediata dos resultados. [Isso] criou uma nuvem de dúvidas que agora se reproduziu na reação da oposição, que reclama com razão”.

Leia mais: CNE acuado: População e políticos exigem divulgação das atas das eleições venezuelanas

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*Fonte: Agência Senado
Foto: Reprodução/Instagram/@rodrigopacheco

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