Atento à crise climática que assola o país, o deputado estadual Dr. George Lins (União Brasil) fez coro à manifestação do secretário adjunto da Defesa Civil do Amazonas, Cel. Clovis Araújo, alertando sobre o risco de os efeitos do atual desequilíbrio climático impactarem o Estado durante o próximo verão, resultando em uma estiagem anormal em 2024, superando os números registrados em 2023.
“Segundo Clovis Araújo, o atual volume de chuvas nas cabeceiras dos rios deixa a desejar, e, se as precipitações pluviométricas não melhorarem, nosso Estado poderá sofrer uma estiagem mais drástica em 2024, podendo ser pior do que a ocorrida no ano passado”, disse o deputado.
Preocupado com a situação, o deputado Dr. George Lins citou também manifestações de líderes empresariais que participam do IX Fórum de Logística do Centro das Indústrias do Amazonas (Cieam), que acontece em Manaus. Os líderes temem que este ano a estiagem supere a de 2023, quando as empresas foram obrigadas a despender cerca de R$ 1,4 bilhão com custos logísticos. “Com razão, eles clamam por medidas governamentais que previnam, neste ano, desastres maiores do que os ocorridos no ano passado”, expressou o parlamentar.
Ante a gravidade do quadro com relação à região Norte, sobretudo envolvendo o Amazonas, Dr. George ressalta a necessidade de o Governo Federal voltar sua atenção de forma preventiva e urgente para os estados nortistas. Nesse sentido, ele ressalta a ação do governador Wilson Lima que tem agenda marcada com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, em Brasília, para tratar dos efeitos da crise climática no Amazonas. “O governador Wilson Lima, assim, antecipará diálogo com o Governo Federal para que o Amazonas não seja surpreendido com uma estiagem fora do controle no próximo verão”, expressou o parlamentar.
Rios abaixo do normal
Dr. George citou dados do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) para embasar sua posição a respeito da crise, mostrando que, enquanto no Sul e no Sudeste, a instabilidade climática gera inundações e deslizamentos, no Norte os rios seguem um ritmo de cheia abaixo do normal. “No Sudeste, por exemplo, o volume de chuvas é indescritível, mas no Norte há chuvas, mas que não influenciam a subida do nível dos rios nos níveis esperados”, argumentou.
No Norte brasileiro, conforme alerta a Defesa Civil do Amazonas, os desequilíbrios climáticos podem gerar problemas inversos aos que assolam o Sul e o Sudeste, aponta Dr. George. “Estudo de cientistas da World Weather Attribution (WWA) adverte que a crise climática, com baixa precipitação pluviométrica, pode produzir uma estiagem, em 2024, mais forte do que a que castigou os estados da região em 2023. Então, ninguém pode brincar com o clima e o governo Lula, mais do que nunca, precisa ajudar, de forma emergencial, os governos estaduais no enfrentamento dos fenômenos climáticos extremos”.
*Com informações da assessoria
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