O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) avisou, nesta terça-feira (5), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, de que irá viajar para a Argentina entre os dias 7 e 11 de dezembro. O motivo é um convite para a posse do novo presidente argentino, Javier Milei, que é seu aliado.
“Em atenção às investigações em curso e com profundo respeito a este Juízo, o peticionário vem aos autos informar que estará temporariamente ausente do país no período compreendido entre os dias 07 e 11 de dezembro”, diz o documento protocolado nesta terça (5), na ação das milícias digitais que tramita no STF.
A comunicação prévia ao Supremo foi realizada pelos advogados de Bolsonaro, destacando a motivação da viagem relacionada às diversas investigações em que o ex-presidente é alvo.
Em um gesto incomum, o ex-presidente optará por utilizar sua carteira de identidade em vez do passaporte durante a viagem. O passaporte havia sido listado em busca e apreensão anterior, mas a Polícia Federal considerou desnecessário recolhê-lo.
A viagem está programada para iniciar na quinta (7), com retorno ao Brasil na segunda (11). Bolsonaro estreitará laços com Javier Milei, com quem desenvolveu uma aproximação durante a campanha eleitoral da Argentina. O convite para a cerimônia de posse partiu do próprio presidente eleito argentino.
Ao mesmo tempo, o governo federal confirmou a ausência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na posse de Milei. O Brasil será representado pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira.
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Por July Barbosa com informações BBC
Revisão textual: Vanessa Santos
Foto: Divulgação
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