Leandro Pereira (Solidariedade), prefeito de Rorainópolis, renunciou ao mandato semanas após a Justiça determinar que o município pagasse o salário atrasado de todos os servidores públicos municipais. Agora ex-prefeito, Pereira deixa o cargo em meio a denúncias e uma crise financeira no município.
No último mês, o deputado Cláudio Cirurgião (União) protocolou um pedido de intervenção do Governo de Roraima no município comandado por Pereira. A justificativa era devido aos atrasos de pagamento de servidores.
Caso descumprisse a determinação judicial, o município arcaria com uma multa diária de R$ 10 mil ao prefeito e R$ 30 mil ao município.
A carta de renúncia de Leandro Pereira foi entregue ao presidente da Câmara Municipal de Rorainópolis, o vereador Edivan Ivo, nessa segunda-feira (2). Como justificativa para a renúncia, ele disse que a decisão foi por “livre manifestação”.
“Num ato de livre manifestação de vontade, e para que produza os seus efeitos jurídicos e legais, comunico minha decisão irrevogável e irretratável, de renunciar, a partir desta data, ao cargo de prefeito municipal para o qual fui reeleito nas eleições de 2020, para o quadriênio 2021/2024. Do mesmo modo, ciente da capacidade do nosso vice-prefeito, Alessandro Daltro Sousa, de dar continuidade, com muito comprometimento, à gestão do município, registro meus votos de sucesso ao meu sucessor”, escreveu na carta.
Com saída de Leandro, quem assume o município é o vice-prefeito Alessandro Daltro Sousa.
Após a renúncia, Pereira usou as redes sociais para falar sobre o mandato deixado para trás. “Por circunstâncias de ordem privada e de caráter pessoal, me vejo na necessidade de antecipar o término do mandato”, afirmou.
“Foram quase sete anos à frente da gestão do município que é o meu lar. Contei com o apoio de cada um dos dedicados servidores que têm a tarefa de trabalhar em prol da população. Sou muito grato a cada cidadão que me delegou seu voto de confiança para gerir o município num segundo mandato que se encerraria em pouco mais de um ano”, disse.
Vale lembrar que, em 2023, Leandro Pereira, seis servidores municipais e três empresários foram indiciados pela Polícia Federal por suspeita de integrar um esquema que fraudou e superfaturou contratos, que chegam a quase R$ 4 milhões, de recursos que seriam usados na pandemia de Covid-19 em 2020 em Rorainópolis.
*Com informações do G1
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Da Redação
Revisão textual: Vanessa Santos
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