Ex-líderes de extrema-direita do Proud Boys Joseph Biggs e Zachary Rehl, foram condenados a 17 e 15 anos de prisão, respectivamente, pela invasão do Capitólio dos Estados Unidos, logo após Donald Trump perder as eleições presidenciais de 2020.
Eles são os primeiros “Proud Boys”, nome do grupo pró-Trump, condenados por conspiração sediciosa. A sentença foi proferida pelo juiz distrital Timothy Kelly.
De acordo com a imprensa americana, a sentença dos direitistas ficou abaixo das diretrizes de condenação americanas, isso porque, geralmente, as penas de prisão solicitadas pelos promotores federais são de 30 a 33 anos.
O juiz afirmou que não estava “tentando minimizar a violência” na invasão do capitólio, mas que alegou que o evento ainda não estava no mesmo nível de um evento com vítimas em massa e que a imposição de uma sentença mais rigorosa poderia criar disparidades.
Antes de ser condenado, Biggs se desculpou pelas ações diante do juiz. Ele chegou a falar sobre a filha, que alegou ser uma vítima de agressão sexual que precisa dele.
“Fui seduzido pela multidão e simplesmente segui em frente. Minha curiosidade levou a melhor sobre mim”, disse Biggs. “Eu não sou um terrorista. Eu não tenho ódio em meu coração”, se defendeu.
No julgamento, Rehl chorou ao ler uma declaração, enquanto o advogado de defesa estava ao lado dele com a mão em suas costas. “Eu me arrependo de ter me envolvido nisso”, destacou. Ele acrescentou que deixou a política consumir sua vida e “perdeu a noção de quem e o que importa”.