A ex-senadora do Amazonas Vanessa Grazziotin (PCdoB) conseguiu escapar de uma denúncia do Ministério Público Eleitoral. Na última quarta-feira (23), o juiz Gildo Alves de Carvalho Filho, da 40ª Zona Eleitoral de Manaus, rejeitou a denúncia por suposto crime de falsidade ideológica eleitoral na eleição de 2012.
De acordo com a decisão publicada no Diário Eletrônico do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AM), a política e os empresários Roberto Luis Lopes, Walter Faria e Fernando Luiz Ayres da Cunha Reis teriam recebido uma doação de R$ 1,6 milhão da construtora Odebrecht, investigada pela Lava Jato.
Conforme a denúncia, o grupo teria usado a empresa Praiamar para esconder a quantia milionária dada pela construtora ao diretório municipal do MDB. Grazziotin ainda teria “camuflado” R$ 700 mil, destinado para a sua campanha eleitoral, na época em que disputava a Prefeitura de Manaus.
O ex-diretor da Odebrecht, Fernando Reis, foi quem divulgou as informações em um acordo de “delação premiada” durante as investigações da Lava Jato.
Segundo a decisão do juiz, não há motivo para o prosseguimento da denúncia. “Tenho que ocorreu o esvaziamento do conjunto probatório no qual a denúncia se fundamenta, não havendo, portanto, justa causa para o exercício da ação penal, nos termos do art. 395, II do CPP, sendo forçosa, portanto, sua rejeição”, diz o magistrado.
A denúncia contra a ex-senadora do Amazonas e os demais integrantes do grupo veio à tona em fevereiro de 2019, quando foram denunciados pela então procuradora-geral da República Raquel Dodge. Na época, ela apontou que eles “agiram em comunhão de esforços” para ocultar a verdadeira origem da doação da campanha eleitoral de Grazziotin.
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Por Camila Duarte
Revisão textual: Vanessa Santos