O deputado Capitão Alberto Neto, presidente municipal do Partido Liberal (PL), quebrou o silêncio após a expulsão do Coronel Menezes do PL. O parlamentar afirmou que chegou a conversar com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que é amigo íntimo de Menezes, e o mesmo teria ficado revoltado com a situação.
A relação entre Alberto Neto e Menezes estremeceu após o ex-candidato ao Senado chamar o deputado federal de “Judas”. A alfinetada aconteceu, porque Alberto Neto votou contra o texto da reforma tributária na Câmara Federal.
“O Coronel Menezes começou a fazer ataques a minha pessoa […] lógico que ele tem todo direito de fazer críticas, mas temos um estatuto. Uma questão de ética partidária […] não faz sentido esse ataque dentro do partido”, disse.
Alberto Neto ainda revelou que conversou com Bolsonaro sobre a conduta de Menezes e, de acordo com ele, o ex-presidente teria ficado “revoltado” com os acontecimentos. Vale lembrar que o ex-presidente se posicionou contra a reforma e chegou a orientar os aliados a votarem contra o texto.
“Quando ele me ataca, ataca o próprio presidente Bolsonaro – então, quando eu mostrei isso [se referindo às ofensas de Menezes], o presidente ficou revoltado e disse: Alberto, põe na Justiça! Isso está errado. Ele está errado!”, explicou.
Alberto Neto ainda frisou que estava seguindo o pedido de Bolsonaro para votar contra a reforma tributária. “Ele pensa só nele. É ele, depois ele. Depois ele de novo”, disse o político se referindo a Menezes.
Através da assessoria, Menezes afirmou que ninguém no Amazonas é apadrinhado por Bolsonaro, apenas ele. Em relação à expulsão do PL, o político disse que vai a Brasília para reverter a situação com o presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto, e tentar anular a expulsão.
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Por Camila Duarte
Revisão textual: Vanessa Santos