A notícia da expulsão de Coronel Menezes do Partido Liberal na noite de terça-feira (23) é mais um capítulo do terremoto que se instalou na sigla, no Amazonas, desde que o compadre do ex-presidente Jair Bolsonaro e o deputado federal Alberto Neto se estranharam publicamente.
Responsável por tornar pública a própria expulsão, apresentando o documento nas redes sociais, Menezes culpou diretamente Alberto Neto, que é presidente do diretório municipal do PL, afirmando que vai reagir.
“A decisão do Diretório Municipal do PL, comandado pelo deputado Alberto Neto, já era esperada e não causou nenhuma surpresa. Vamos agora buscar as instâncias superiores do partido para reverter uma decisão esdrúxula, absurda, descontextualizada e permeada por uma vontade pessoal do parlamentar”.
Procurado por nossa reportagem o deputado federal não respondeu às chamas e nem se manifestou sobre as palavras de Menezes em suas redes sociais. Outro que silencia até o momento é o presidente do Diretório Estadual do PL, Alfredo Nascimento.
O documento compartilhado por Menezes é endereçado ao presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, e diz que a decisão foi do Conselho de Ética, citando Menezes como um infrator do estatuto do partido. O ofício está assinado pelo primeiro-vice-presidente da legenda, João Augusto Cordeiro Ramos.
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BRIGAS
Desde 2020, quando concorreram às eleições para a Prefeitura de Manaus, Menezes e Alberto Neto disputam a liderança da direita no Amazonas. Entre entendimentos e desentendimentos, Menezes chamou Alberto Neto de “judas” em uma live.
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Após “bater na trave” na disputa pelo Senado, Menezes é um nome considerado para a disputa da Prefeitura de Manaus em 2024.
Por: Elton Rodrigues
Revisão textual: Vanessa Santos
Ilustração: Marcus Reis
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