Durante a sessão da CPI dos Atos Golpistas, nesta quinta-feira (17), o hacker Walter Delgatti Neto optou por ficar em silêncio quando questionado pelos parlamentares de oposição. Um dos políticos foi o senador Flávio Bolsonaro (PL), que deu gargalhadas quando o hacker afirmou que não responderia as perguntas.
Em uma das perguntas feitas pelo filho do ex-presidente, ele questionou se Delgatti receberia alguma vantagem nas falas comprometedoras sobre Jair Bolsonaro. O senador também perguntou a data que ele esteve no Ministério da Defesa, onde teria acontecido o teste nas urnas eletrônicas, além de questionar quem pagava o salário do advogado do hacker.
Após receber como repostas o silêncio, Flávio Bolsonaro expôs na CPI uma publicação em que o advogado do hacker divulgava o livro sobre Lula, em que o dinheiro arrecadado em um evento de autógrafo seria revertido para o hacker.
Em conversa com a imprensa, Flávio Bolsonaro questionou sobre a veracidade das informações ditas pelo hacker e ainda destacou que ele estaria “forçando a barra” para colocar a culpa no ex-presidente Bolsonaro e na deputada Carla Zambelli.
“É uma pessoa suspeita de que tem uma inclinação, uma simpatia para ajudar o governo Lula. É mais uma possibilidade, ele pode estar sendo para tentar atingir Bolsonaro, só que não tem absolutamente nada que possa atingir Bolsonaro”, comentou.
O senador ainda afirmou que o hacker foi convocado por parlamentares que apoiam o governo Lula, mas que não sabia o motivo pelo qual Delgatti apoiaria Bolsonaro, se o mesmo já prestou serviços para ajudar o petista.
“Ele está sendo convocado por parlamentares que apoiam o atual governo. Como eu disse, por ter feito o que fez lá atrás com os integrantes da Lava Jato para favorecer Lula, qual sentido ele faria para favorecer Bolsonaro? Me parece bastante óbvio que ele pode estar forçando uma barra para colocar algo na conta da deputada Carla Zambelli”, afirmou.
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Por Camila Duarte
Revisão Textual: Vanessa Santos