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sábado, novembro 23, 2024

Ranking mostra os deputados estaduais que mais gastam Cotão no Amazonas

Milhões para manter um parlamentar em atividade gera debate sobre relevância dos custos

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A Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar, (Ceap), o famoso Cotão, gerou um ranking na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), onde de fevereiro a junho deste ano, os 24 parlamentares gastaram R$ 4,2 milhões.

Dois veteranos e um novato estão no top 3 da lista de gastos. Sinésio Campos (PT), Abdala Fraxe (Avante) e Mário César Filho (União Brasil) encabeçam a relação entre os da atual legislatura iniciada em fevereiro.
Todos os meses os parlamentares têm à disposição R$ 49,8 mil de Cotão para auxiliar no exercício do mandato. E mesmo que não gastem o valor total, podem recorrer as “sobras”, já que se trata de valores cumulativos.

Nossa equipe de reportagem procurou os três deputados nesta terça-feira (8), por meio de suas respectivas assessorias, para que justificassem os valores gastos e de que forma a verba pública foi útil para a sociedade, mas não obteve resposta até o fechamento desta matéria. O espaço segue aberto.

Divulgação de atividade parlamentar, consultorias, transporte, combustível, assessoria jurídica, entre outras despesas, estão na lista de gastos permitidos com uso do Cotão.

Para o cientista político Carlos Santiago, o uso do Cotão prova o quanto um político pode ser dispendioso ao bolso do contribuinte. “O parlamento estadual custa muito caro aos amazonenses. Parlamentares ganham bons salários, além de verbas para pagar passagens aéreas, aluguéis de carros, combustíveis e outras despesas e, ainda, contatar pessoas para trabalhar com eles. Porém, nem sempre as propostas apresentadas possuem legalidades e qualidades para melhorar a vida da sociedade”.

Para ele, os políticos deveriam repensar e diminuir a gastança. “São necessários recursos para a independência do Poder Legislativo. É fato! Mas é possível, também, pensar em diminuir esses custos e as verbas disponíveis para investir em políticas públicas nas áreas do transporte coletivo, da saúde, da segurança pública e da educação”.

Ranking geral 

R$ 207.940,65 – Sinésio Campos (PT)
R$ 207.416,61 – Abdala Fraxe (Avante)
R$ 199.398,60 – Mário César Filho (União Brasil)
R$ 199.312,63 – Adjuto Afonso (União Brasil)
R$ 199.287,65 – George Lins (União Brasil)
R$ 199.240,00 – Wanderley Monteiro (Avante)
R$ 197.500,00 – Rozenha (PMB)
R$ 194.055,44 – Felipe Souza (Patriota)
R$ 193.927,43 – Alessandra Campelo (PSC)
R$ 189.072,00 – Dan Câmara (PSC)
R$ 188.200,00 – Wilker Barreto (Cidadania)
R$ 188.186,25 – Joana Darc (União Brasil)
R$ 188.065,37 – Mayra Dias (Avante)
R$ 185.801,07 – Roberto Cidade (União Brasil)
R$ 180.850,00 – Débora Menezes (PL)
R$ 180.269,67 – Daniel Almeida (Avante)
R$ 178.997,29 – Mayara Pinheiro (Republicanos)
R$ 177.515,94 – Cabo Maciel Pereira (PL)
R$ 173.933,40 – Cristiano D’Ângelo (MDB)
R$ 173.176,53 – Carlos Bessa (PV)
R$ 150.695,57 – Francisco Gomes (PSC)
R$ 150.111,02 – Delegado Péricles Nascimento (PL)
R$ 139.496,18 – João Luiz (Republicanos)
R$ 37.342,18 – Thiago Abrahim (União Brasil)

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Por Redação

Revisão textual: Vanessa Santos

Foto: Divulgação / Ilustração: Marcus Reis

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