A polícia federal (PF) de São Paulo adiou o depoimento da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), que estava previsto para a tarde desta segunda-feira (7). Carla é acusada de pagar o hacker Walter Delgatti com o intuito de que ele invadisse as contas do ministro Alexandre de Moraes e do Conselho Nacional de Justiça, para emissão de informações falsas, incluindo um mandado de prisão falso contra Moraes.
Walter Delgatti foi preso pela Polícia Federal (PF) na última quarta-feira (2) por ter invadido, segundo a investigação, os sistemas entre setembro e dezembro de 2022 a pedido de Zambelli, para expor vulnerabilidades do Poder Judiciário pouco antes das eleições. Segundo a PF, o hacker recebeu R$ 13,5 mil da deputada.
Em coletiva de imprensa na Câmara dos Deputados, Zambelli argumentou informando o seguinte: “Os pagamentos foram sempre relacionados ao site, para ele fazer melhorias no site, fazer firewall no site e ligar as minhas redes sociais ao site, que ele próprio disse que não conseguiu realizar essa tarefa. Inclusive, deveria ter tido até a devolução [do dinheiro]”.
O adiamento foi confirmado pela defesa de Carla. Anteriormente, através de nota divulgada por seu advogado, Daniel Bialski, Zambelli declarou que não cometeu ou participou de nenhum ato ilícito e afirmou que só falará se tiver acesso às investigações do seu caso. “Por expressa orientação da defesa técnica, [Zambelli] não responderá às perguntas até que sejam fornecidas cópias de todo o inquérito e das cautelares”, diz a nota do advogado, que complementa indicando que a deputada quer “ser ouvida e prestar todos os esclarecimentos”.
O advogado da parlamentar também questionou a falta de acesso ao inquérito “justamente para assegurar a ampla defesa, o contraditório e o devido processo legal”.
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Por Karina Garcia com informações CNN
Revisão Vanessa Santos
Foto: Divulgação
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