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segunda-feira, julho 8, 2024

Coaf aponta que Bolsonaro investiu 17 milhões em renda fixa enquanto recebia pix de apoiadores

Ex-presidente pediu dinheiro para pagar multa processual, mas teria investido o valor em títulos CDB e RDB

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Segundo dados que constam no relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), órgão de combate à lavagem de dinheiro do governo federal, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu em sua conta pessoal mais de R$ 17 milhões por meio de transferências bancárias realizadas por Pix entre os dias 1º de janeiro e 4 de julho deste ano.

O Coaf também mencionou no relatório, segundo informações do jornal O Globo divulgadas no sábado, 29, que Bolsonaro investiu R$ 17 milhões em renda fixa. A mesma quantia equivalente ao valor arrecadado via pix no primeiro semestre de 2023 por seus apoiadores.

A campanha de doações para o ex-presidente começou depois do julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que o deixou inelegível. Parlamentares do PL movimentaram suas redes sociais pedindo que os apoiadores doassem quaisquer valores ao ex-presidente. “O presidente está recebendo diversas MULTAS em processos absurdos por todo o País, qualquer valor já ajuda!”, disseram os parlamentares nas publicações.

Em pronunciamento no evento do PL Mulher, em SC, Bolsonaro chegou a agradecer aos doadores e disse que quase 1 milhão de pessoas colaboraram. “Dá para pagar todas as minhas contas e ainda sobra dinheiro para a gente tomar um caldo de cana e comer um pastel com a Michelle”, brincou o ex-chefe do executivo.

Ainda, segundo o relatório do Coaf, os títulos de investimento escolhidos por Bolsonaro foram o Certificado de Depósito Bancário (CDB) e o Recibo de Depósito Bancário (RDB). O CDB e o RDB são as principais modalidades de investimento em renda fixa no mercado e estão atreladas à variação da taxa básica de juros, a Selic, hoje em 13,75% ao ano.

Em nota, a defesa de Bolsonaro repudiou o vazamento das informações bancárias.
“A ampla publicização nos veículos de imprensa de tais informações consiste em insólita, inaceitável e criminosa violação de sigilo bancário, espécie, da qual é gênero, o direito à intimidade, protegido pela Constituição Federal no capítulo das garantias individuais do cidadão”, diz a defesa.

Portanto, os advogados afirmam que nos próximos dias tomarão as providências criminais cabíveis para investigar os autores dos vazamentos.

O relatório também foi encaminhado à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos criminosos e golpistas do 8 de janeiro no Congresso Nacional.

Leia mais: Relatório do Coaf aponta que Bolsonaro recebeu mais de R$ 17 milhões via pix este ano

Por Karina Garcia com informações CNN.

Revisão: Vanessa Santos

Foto: Divulgação

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