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sábado, novembro 23, 2024

PF cumpre seis mandados para investigar esquema com envolvimento de servidor do INSS

Ação apura esquema que oferecia “ajuda” a idosos em troca de um percentual do benefício previdenciário

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A Polícia Federal no Amapá deflagrou na manhã desta segunda-feira (3/7) a Operação Ombro Amigo, com o cumprimento de seis mandados de busca e apreensão na capital do estado. A investigação apura os crimes de associação criminosa, corrupção ativa e corrupção passiva em desfavor de um grupo criminoso que conta com a participação de um servidor do INSS.

O trabalho policial teve início após denúncia recebida pela PF, a qual relatava que um idoso havia sido abordado por um casal, que teria solicitado seus documentos pessoais e o acompanhado ao INSS para pleitear a concessão de benefício assistencial à pessoa com deficiência, a que o homem teria direito.

A denúncia narra, ainda, que quando o benefício social foi concedido pela autarquia, o casal acompanhou o idoso ao banco, para que fizesse o saque dos valores. Ao receber a primeira parcela do benefício, no valor de R$ 5 mil, o casal reteve R$ 1.8 mil, e no recebimento da segunda parcela, que seria de R$ 6.205,00, o casal havia ficado com o valor total, mas ao perceberem que os familiares do idoso estavam aguardando fora da agência, devolveram R$5 mil.

Com o avanço das investigações, a PF identificou um esquema de prospecção de possíveis vítimas, com a participação de servidor do INSS, e com fortes indícios de que este recebia vantagens indevidas para interceder na concessão dos benefícios sociais.

Foram identificadas conversas entre os particulares e o servidor público insinuando que parte dos valores recebidos pelos beneficiários seria destinado a si. Verificou-se ainda que os particulares articuladores do esquema possuíam informações privilegiadas, como datas das perícias agendadas, o que se daria, possivelmente, pelo acesso do servidor a tais informações. O servidor do INSS já havia sido investigado no ano de 2006 por conduta semelhante.

Os investigados poderão responder pelos crimes de estelionato previdenciário, corrupção passiva, corrupção ativa e associação criminosa. Em caso de condenação poderão a soma das penas pode chegar até 33 anos de reclusão, além do pagamento de multa.

Leia mais: Operação Retomada encontra área ambiental devastada equivalente a 118 campos de futebol

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Da Redação

Foto: Divulgação

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