De acordo com dados do Censo 2022, a massa do rendimento mensal real domiciliar per capita subiu 7,7% ante 2021, chegando a R$ 339,6 bilhões. No estado do Amazonas, o valor do rendimento mensal domiciliar per capita chega a R$ 965, em 2010. No último censo, o valor era de R$ 457.
As informações da pesquisa são utilizadas para atualizar as estruturas de ponderações, necessárias para a produção dos Índices de Preços ao Consumidor (Índices, calculados e publicados mensalmente pelo IBGE, que indicam a variação média ocorrida nos preços do conjunto de bens consumidos e de serviços utilizados pela população) e também na atualização da participação das despesas das famílias no cálculo das Contas Nacionais.
Além de permitir estudar a evolução dos hábitos de consumo das famílias e possibilitam os mais variados estudos e planejamentos sobre: distribuição, concentração e desigualdade de renda, aspectos demográficos e socioeconômicos, quantidade adquirida “per capita”.
São utilizados para coleta de dados domicílios particulares permanentes ocupados e seus moradores, na área de abrangência da pesquisa nas situações urbana e rural. As regiões Norte e Nordeste apresentaram os menores valores de rendimento médio mensal domiciliar per capita (R$ 1.096 e R$ 1.011, respectivamente), ao passo que as regiões Sul e Sudeste se mantiveram com os maiores rendimentos (R$ 1.927 e R$ 1.891, nesta ordem).
O rendimento domiciliar per capita foi calculado como a razão entre o total dos rendimentos domiciliares (nominais) e o total dos moradores. Nesse cálculo, são considerados os rendimentos de trabalho e de outras fontes. Todos os moradores são considerados no cálculo, inclusive os pensionistas, empregados domésticos e parentes dos empregados domésticos.
A PNAD Contínua é uma pesquisa domiciliar, amostral, realizada pelo IBGE desde janeiro de 2012, que acompanha as flutuações trimestrais e a evolução da força de trabalho, entre outras informações necessárias para o estudo do desenvolvimento socioeconômico do País.
Como é feita a coleta de dados?
No caso específico dos rendimentos, são coletadas as informações referentes ao trabalho em todas as visitas e às outras fontes de rendimento nas primeiras e quintas visitas ao domicílio. Assim, é possível compor os indicadores anuais de rendimento de todas as fontes com base tanto nas primeiras visitas quanto nas quintas visitas, sendo a escolha determinada pelo melhor aproveitamento da amostra e outras informações de ordem técnica e prática que venham a ser relevantes no contexto de cada ano.
Entre 2014 e 2019, o aproveitamento da amostra foi maior nas bases de primeiras visitas. Já, em 2020, o aproveitamento da amostra foi maior na base de quintas visitas (72,7% de entrevistas realizadas) do que na base de primeiras visitas (47,4% de entrevistas realizadas). O mesmo ocorreu em 2021, sendo esse o segundo ano em que o aproveitamento da amostra foi maior na base de quintas visitas (69,9% de entrevistas realizadas) do que na base de primeiras visitas (60,4% de entrevistas realizadas).
Em 2022, as taxas de aproveitamento seguiram crescendo, tanto nas primeiras como nas quintas visitas. Mais uma vez, o aproveitamento da amostra foi maior nas quintas visitas (80,7% de entrevistas realizadas) do que nas primeiras (79,4% de entrevistas realizadas).
A queda das taxas de aproveitamento das entrevistas nos últimos anos reflete o contexto excepcional, observado principalmente nos anos de 2020 e 2021, ocasionado pela pandemia de COVID-19 e os procedimentos adotados para minimizar as perdas de informação que poderiam ocorrer com a pandemia e o isolamento social.
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Por July Barbosa com informações IBGE.
Correção textual: Vanessa Santos
Foto: Divulgação / Ilustração: Marcus Reis