33.3 C
Manaus
domingo, novembro 24, 2024

Vagner Freitas enfatiza que sistema tributário é “atrasado e injusto social e economicamente”

Freitas vê como positiva, também, a criação de um fundo de compensação para os estados que passem a arrecadar menos

Por

O presidente do Conselho Nacional do Sesi (CN-Sesi), Vagner Freitas, comentou, na abertura do seminário Reforma Tributária e a Indústria, que o bom momento econômico no qual Brasil se encontra é propício para a aprovação da primeira etapa da reforma tributária, antes do recesso parlamentar. Para ele, é preciso aproveitar esse “momento especial” para reindustrializar o país.

“Para usar uma palavra da moda, a reforma tributária é o arcabouço de soberania nacional de que precisamos, para que a neoindustrialização seja âncora de um processo maior de desenvolvimento sustentável e duradouro”, disse ele, fazendo um trocadilho com o arcabouço fiscal, em discussão no Senado.

Freitas enfatizou que o sistema tributário brasileiro é “atrasado e injusto social e economicamente”. Ele observou, por exemplo, que, enquanto nos países mais desenvolvidos, o consumo ocupa um terço da base de arrecadação, no Brasil, ele representa dois terços. “Enquanto a renda e a propriedade aqui (no Brasil) respondem apenas por um terço da arrecadação, naqueles países ela representa dois terços”, comentou, afirmando que o desafio colocado ao país é construir um sistema tributário moderno, que deixe o Brasil no mesmo patamar dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e do G20 (grupo dos 20 países mais ricos do mundo) em termos tributários.

Freitas vê como positiva, também, a criação de um fundo de compensação para os estados que passem a arrecadar menos, “porque garante que o processo de desenvolvimento seja igualitário em todas as regiões, estados e municípios do país”. Na opinião do presidente do CN-Sesi, a “grande tarefa” da reforma será a tributação do consumo no estado de destino, porque, com isso, desonera-se a cadeia produtiva. Para ele, a indústria desonerada poderá contar com mais capital para investimentos, ao mesmo tempo em que o consumidor terá mais acesso aos bens produzidos. “Com isso, haverá um círculo virtuoso que nos leva a mais industrialização e mais tecnologia”, disse.

Sobre a Reforma Tributária

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou na noite da última terça-feira (20) que está confiante na aprovação do novo arcabouço fiscal pelo Congresso. O ministro ainda reforçou que a reforma tributária, num estágio anterior de tramitação, deve ser negociada com “humildade”, por ser um tema mais “complexo”.

Leia mais: Bancada do AM ainda vai votar PL que criminaliza a discriminação de políticos; Especialistas analisam

Por Tatiana Nascimento

Revisora Vanessa Souza

Fique ligado em nossas redes

Você também pode gostar

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

spot_img

Últimos Artigos

- Publicidade -