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sábado, julho 6, 2024

Cantora negra e exemplo de superação de violência doméstica, Tina Tuner morre aos 83 anos

Como artista, afirmou e amplificou a participação das mulheres negras no rock’n’roll

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Morreu, na tarde desta quarta-feira (24), a cantora, compositora e atriz norte-americana Tina Turner, aos 83 anos. A informação foi confirmada por um assessor da artista ao site Sky News. A causa não foi revelada.

A artista morreu após enfrentar “uma longa doença” em sua casa perto de Zurique, na Suíça. O comunicado anunciando sua morte diz: “Com ela, o mundo perde uma lenda da música e um modelo”.

Uma das cantoras mais icônicas e influentes da história da música, Tina Turner morreu aos 83 anos. Nascida Anna Mae Bullock em 1939, nos Estados Unidos, ela iniciou a carreira nos anos 1950 como parte da dupla Ike & Tina Turner. Com uma voz poderosa e uma presença de palco cativante, Tina logo se destacou, conquistando fãs ao redor do mundo.

Carreira

A cantora iniciou sua carreira solo nos anos 1980. Ela é dona de grandes sucessos como What’s Love Got to Do with It, Proud Mary e mais. Entre os feitos de Tina, está o registro no Guinness Records por ter o maior público para um show de uma artista solo. A apresentação ocorreu em 1988 no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, para 188 mil pessoas, e foi transmitida ao vivo para o mundo todo.

Superação

Tina Turner foi o símbolo da resistência do rock por 50 anos. Sua versão de “Proud Mary” era 175% mais longa do que a original e John Fogerty nem dançava. Ela se transformou em uma estrela ao lado de Ike Turner aos 20 e poucos anos, fugiu dos abusos dele aos 30, batalhou a volta ao topo das paradas pop aos 40, fez turnê mundial durante os 60 e, agora, gostaria de dormir até mais tarde.

Tina Turner se transformou em símbolo por muitos motivos: apelo sexual, resiliência, empoderamento, com as quais não consegue se identificar. Ela não tentava ser sexy no palco, pingava em bicas para vender suas músicas. E a ideia de relacionar sua vida ao movimento feminista, ou redefini-la pelas lentes do movimento #MeToo, parece estranha a ela.
“Eu me identifico apenas com minha vida”, declarou. Enquanto todos a transformavam em símbolo, “eu estava ocupada, fazendo isso. Fazendo o trabalho”.

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Por July Barbosa

Foto: Divulgação

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