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segunda-feira, julho 8, 2024

Faça Bonito: O Convergente aborda tema da exploração sexual em entrevista no ‘Erica Lima Conversa’

Programa traz ao público o debate sobre o abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes como forma de esclarecer e evitar que tais crimes sejam cometidos a estas pessoas

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O Portal O Convergente abordou, nesta quarta-feira, 18/5, em mais uma edição do programa ‘Erica Lima Conversa’ a exploração sexual de crianças e adolescentes no Amazonas e no Brasil, como forma de esclarecer à população sobre estas questões e principalmente, ressaltar o Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, celebrado nesta quinta-feira, 18/5.

Participaram do bate-papo, o gestor escolar Jezanias Souza e a secretária executiva adjunta dos Direitos da Criança e do Adolescente da Secretaria de Estado de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc), Rosalina Lobo.

Durante a conversa, Rosalina Lobo falou de como surgiu a campanha ‘Faça Bonito’, da escolha do girassol como ícone da campanha, na questão de demonstração da fragilidade da criança em casos de abuso ou de exploração sexual. Ela destacou a importância do tema ser debatido e apresentado à população, além da responsabilidade de todos em ajudar a combater estes crimes.

“Para nós, este é o momento de sensibilizar a sociedade e chamar todos os atores que conversam conosco a responsabilidade para cada um e proteger as nossas crianças”, destacando a data central escolhida para a promoção dos eventos, após a morte da menina Araceli Cabrera Sánchez Crespo, de oito anos de idade, assassinada em 18 de maio de 1973.

Lobo também ressaltou a importância de diferenciar o que é abuso e o que é a exploração sexual de uma criança e de um adolescente, pontuando questões sobre as duas temáticas e exemplificando que geralmente os abusos sexuais são praticados no seio familiar ou por pessoas de confiança, enquanto que na exploração existe uma relação de troca.

“O abuso ele tem a ver com toda a questão de relações com a sexualidade de crianças, que pode acontecer em ambiente intrafamiliar ou extrafamiliar, mas que são cometidos geralmente por pessoas de confiança da criança, pessoas que ela tem na família ou fora, que ela tenha laços de confiança e convivência. Existe um tabu muito grande em torno disso e muita subnotificação dentro do contexto”, alertou a secretária executiva da Sejusc, logo, passou a explicar sobre a exploração sexual.

“Já a exploração sexual você tem algumas vertentes dentro disso, e aí você tem prostituição, pornografia infantil, turismo sexual, que explora também a questão das crianças e dos adolescentes. Então, nesse sentido, você tem uma relação de troca, uma relação muitas vezes em função da vulnerabilidade social, você encontra as relações de troca por maquiagem, por celular, por uma viagem e às vezes por uma pequena quantidade de dinheiro. Então existem as redes de exploração de crianças, nesse sentido, em hotéis e pousadas, às vezes com o consentimento”, pontuou Rosalina Lobo.

Também foram pontuadas questões peculiares que ocorrem no Amazonas, quando pessoas da capital solicitam a outras, que tragam meninas do interior do estado para trabalharem em suas casas e que elas ali são exploradas de alguma forma pelos seus novos tutores.

A assistente social, comunicadora e apresentadora Erica Lima também destacou em sua mediação que em muitos casos ocorre que a criança ou adolescente acabam sendo culpados pela sociedade por tais atos, principalmente quanto às questões de concessão ou não concessão de sexo entre um adulto e uma adolescente. “Tem pessoas que não têm conhecimento e dizem: ‘ela estava vendendo o corpo’. Nas famílias a gente vê que ainda ocorre de as pessoas dizerem que esta ‘criança é enxerida’, ou seja, responsabilizando a criança ou o adolescente”.

O gestor escolar Jezanias Souza também levantou questionamentos quanto aos atos infracionais, em crimes cometidos por adolescentes, em contraposição à punição; Lobo explicou que embora não seja punição, eles sofrem uma política de consequência, ficam em regimes fechados, mas com atendimentos e encaminhamentos para o retorno desses menores infratores à sociedade, com projetos que os dão acesso a universidades, a empregos, a cursos e outras possibilidades.

Outros temas

Também foram destacados no programa “Erica Lima Conversa” as operações realizadas em nível nacional para o combate ao abuso e à exploração de crianças e adolescentes, entre elas, os canais de denúncias; a influência da tecnologia na vida das pessoas e das famílias; o combate com ações nas escolas do estado; dentre outras ações.

Confira a entrevista na íntegra:

 

Leia mais: Maio Laranja – “Para nós é o momento de sensibilizar a sociedade”, diz especialista

 

Por Edilânea Souza

Fotos: Marcus Reis

Revisão textual: Érica Moraes

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