As viagens do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a países estrangeiros têm rendido acordos e investimentos ao país. Desde janeiro, o presidente já visitou a Argentina, o Uruguai, a China, os Emirados Árabes Unidos (EAU), Portugal, a Espanha e o Reino Unido, que renderam cerca de R$ 63 bilhões ao Brasil. Ainda há previsão de mais viagens internacionais que devem ser feitas pelo presidente nos próximos meses.
Um dos acordos mais rendosos, foram os firmados entre Brasil e China, com um total de 15 propostas e que permitiu ao país incentivos de R$ 50 bilhões. Após a ida à China, Lula desembarcou nos Emirados Árabes fechando acordos bilaterais que vão render ao Brasil mais R$ 12,5 bilhões, somando R$ 62,5 bilhões.
Já na viagem que Lula fez para participar da coroação do rei Charles III, no Reino Unido, no último dia 6 de maio, o chefe da nação conseguiu arrecadar mais de R$ 500 milhões para o Fundo da Amazônia. Na ocasião, ele se reuniu com o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, em Londres e conversaram sobre as mudanças climáticas.
O presidente brasileiro também visitou a Espanha e Portugal, no final de abril. Em Portugal, cerca de 13 novos acordos bilaterais foram firmados; Já com a China, foram 15 e na Espanha foram três. Grande parte destes acordos tratam sobre relações políticas exteriores entre os países e o Brasil, além da destinação de verba para projetos sobre o meio ambiente e tecnologia.
Viagens positivas
Para o advogado e cientista político, Carlos Santiago, as viagens de Lula ao exterior são positivas e tiram o Brasil de um isolamento mundial.
“Todas as viagens que o presidente Lula tem realizado são proveitosas, não só para manter laços de amizade, de cooperação tecnológica, de interação cultural e também promoção de acordos comerciais, mas também porque tira o Brasil do isolamento. O país é muito importante pelo ponto de vista econômico, pelo ponto de vista diplomático, para estar ou se situar no isolamento, o Brasil já teve e terá sempre um papel de destaque nas relações internacionais”.
Destacou também que o Brasil tem uma grande importância no cenário global, não só por ser um país exportador de matéria-prima, mas que há potencial para se tornar um grande exportador de tecnologias.
“O Brasil poderia ir muito além, por exemplo. Ser um exportador de matéria-prima e também ser um exportador de tecnologia. Há uma movimentação e uma interação internacional para a venda de produtos do setor primário do país, de matéria prima, mas falta ao país desenvolvimento tecnológico para ser um país comum como muitos outros que exportam tecnologia, que produzem tecnologia e são grandes não só produtores de alimentos, produtores industriais, mas também com tecnologias”, pontuou Carlos ao Portal O Convergente.
Carlos Santiago também discorreu que muitos desses acordos firmados entre o Brasil e os outros países atrairão investimentos, que podem chegar até aqui a curto e a longo prazo.
“O resultado dos acordos das viagens do presidente Lula não se dão de imediato, na sua maioria, pode ser que o Brasil já receba recursos para a preservação do meio ambiente e investimento na Amazônia, mas outros setores, outros acordos tenham um resultado a longo prazo”, disse o cientista político.
Por fim, o advogado também comentou sobre a harmonia cultural entre as nações, bem como as nuances que permeiam governar, em relação às melhorias na vida das pessoas que vivem no país, como também o fato de se governar para que o mundo veja a federação brasileira com “bons olhos”, além da necessidade da consistência dessas interações internacionais, como forma de atrair ainda mais investimentos ao Brasil.
“Então, pelos convites que o presidente Lula como chefe do Estado brasileiro recebeu, pelas viagens que ele tem realizado não só pela Europa, para a Ásia, como também aqui pra América do Sul, são demonstrações claras da importância do Brasil nas relações internacionais. O presidente tem que governar e governar muito bem para a sua população, para o seu povo, mas no mundo global tem que manter sempre uma interação com as nações, até para o recebimento de investimentos e para a cooperação tecnológica e, também, uma harmonia cultural que existem entre os países que buscam a paz e o desenvolvimento para os povos, o Brasil tem essa tradição diplomática nesse caminho”, finalizou.
Mais viagens
Para os próximos dias estão previstas mais viagens do presidente Lula para o exterior, incluindo o Japão, para 19 de maio; Argentina (Mercosul) – julho; África do Sul (Brics) – agosto; Índia (G20) – setembro; EUA (ONU) – setembro.
Outras viagens internacionais
A primeira vez que Lula deixou o país foi em 22 de janeiro para um tour sul-americano pela Argentina e Uruguai. Apenas 3 dias depois, em 25 de janeiro, o presidente já estava de volta ao Brasil. As viagens foram para marcar presença do novo presidente, para o fortalecimento do bloco do Mercado Comum do Sul (Mercosul).
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Por Edilânea Souza
Fotos: Divulgação / Ilustração: Marcus Reis
Revisão textual: Érica Moraes
Colaboração: Carlos Santiago
