O requerimento da criação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar os atos de vandalismo ocorridos no dia 8 de janeiro, em Brasília, os quais deixaram rastros de depredação dos prédios do Palácio do Planalto, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Congresso Nacional foi lido pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD) na Mesa Diretora do Parlamento, nessa quarta-feira, 26/4. Após leitura foi enviado para a publicação.
A partir de agora, as lideranças partidárias deverão indicar os nomes dos parlamentares que vão compor a Comissão Mista, que deve ser instaurada já na próxima semana para apurar os atos de vandalismo em 8 de janeiro. Entre os membros, 15 senadores e 15 deputados.
A leitura de um requerimento em plenário, como no caso deste da CPMI de 8 de Janeiro, só é feita quando a proposta preenche alguns ritos da Casa, como a quantidade de assinaturas necessárias para instauração de um procedimento, um fato para ser apurado e de um orçamento necessário para o funcionamento do colegiado, requisitos estes que permitiram a leitura feita nesta quarta-feira.
Após a leitura do documento, o presidente do Senado falou em poucas palavras sobre a instalação da CPMI. “A primeira etapa é o requerimento da CPMI, depois a definição de proporcionalidade e o ofício às lideranças para indicação dos membros. Lido o requerimento já está apto para começar os trabalhos”, disse Pacheco.
Cotados
Nos bastidores de Brasília, os nomes que estão cotados para esta possível composição da CPMI são: Lindbergh Farias (RJ) e Rogério Correia (MG); e dos senadores Fabiano Contarato (ES) e Rogério Carvalho (SE).
Durante esta semana, o senador do Amazonas, Omar Aziz (PSD) apareceu como um dos cotados para assumir a CPMI. O mesmo falou sobre o assunto ao O Convergente. “Se eu estiver na CPI, eu tenho o interesse de ouvir vários empresários brasileiros que financiaram esse golpe. E a troco de que? A gente precisa saber!”, enfatizou Aziz.
Já o PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro, tem como cotados os deputados Eduardo Bolsonaro (SP), André Fernandes (CE) e Alexandre Ramagem (RJ); e dos senadores Magno Malta (ES) e Jorge Seif (SC).
Nomes como o de Espiridião Amin (PP-SC); Hamilton Mourão; Renan Calheiros (MDB-AL); Damares Alves (Republicanos-DF); e do senador Cleitinho (Republicanos-MG) e da Soraya Thronicke (União-MS), também aparecem na lista dos cotados.
Sobre a CPMI
A instauração da CPMI foi movimentada após a divulgação de vídeos sobre os ataques, em que apareciam o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Gonçalves Dias durante os atos, as imagens foram divulgadas no último dia 19 de abril e tornadas públicas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes no último sábado, 22/4. Até então, havia um conflito entre as bases aliadas ao Governo Federal pela não instalação da mesma.
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Da Redação
Fotos: Divulgação / Ilustração: Marcus Reis
Revisão textual: Érica Moraes