Após a polêmica sobre a taxação em compras feitas fora do país por pessoas físicas em até U$ 50 e da recuada do Governo Federal sobre o tema, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou, na última quinta-feira, 20/4, um termo de compromisso firmado com a empresa Shein para a nacionalização dos produtos ofertados pelo gigante asiático em até quatro anos.
A empresa disse também que irá abrir uma fábrica no país, oferecendo cerca de cem mil empregos para brasileiros, segundo o ministro. “Os produtos serão feitos no Brasil. É muito importante para nós que eles vejam o país não só como mercado consumidor, mas como uma economia de produção”, afirmou Haddad.
Segundo o ministro, a Shein também se comprometeu a aderir ao plano de conformidade da Receita Federal. Em contrapartida, disse, a varejista exigiu que a regra valha para todos.
“Nós, obviamente, não queremos nada diferente. Queremos condições iguais para todo mundo. Segundo eles, se a regra valer para todo mundo, eles absorverão os custos dessa conformidade, não repassarão ao consumidor”, afirmou Fernando Haddad.
O acordo foi feito pela manhã, em reunião no gabinete do Ministério da Fazenda em São Paulo, na avenida Paulista. O presidente da Fiesp, Josué Gomes da Silva, foi o intermediador.
Ainda na quinta-feira, Haddad se reuniu com o Instituto para o Desenvolvimento do Varejo (IDV). Na pauta, a isenção de imposto para mercadorias até US$ 50 (R$ 252).
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Da Redação com informações F.de S.Paulo
Foto: Ana Paula Branco / Folhapress