O deputado federal Amom Mandel (Cidadania) participou de uma entrevista, nessa sexta-feira, 14/4, do podcast SIM e NÃO, onde falou sobre os bastidores da política no Amazonas e na Câmara dos Deputados em Brasília e também sobre as eleições para Prefeitura de Manaus, em 2024.
Questionado sobre as pesquisas e eleições de 2024, Amom disse que não colocou seu nome na disputa e nem pediu para aparecer na pesquisa. “Eu não cheguei a colocar o meu nome como um nome para a disputa, não demonstrei nenhum interesse publicamente e eu até faço questão de dizer que eu não dei nenhuma declaração. Agradeço a população por me colocar nesse grau de consideração, mas acho que nesse momento o foco deve ser o mandato”, esclareceu o parlamentar.
Quanto à questão de alianças políticas, caso venha a se candidatar à Prefeitura de Manaus em 2024, o deputado foi enfático e disse que não seria fácil, até mesmo porque não é bem quisto nos “grupos políticos” do Amazonas, por diferenças ideológicas, pela idade e pelo trabalho de fiscalização que foi feito quando ainda era vereador de Manaus.
“Não, não acho, principalmente porque todo mundo sabe que a maior parte dos políticos do Estado do Amazonas não gostam de mim. Eles podem me tolerar, podem conversar e é normal porque todos somos civilizados e embora, eu não concorde ‘com A ou com B’, com os ideais de um ou de outro, no nosso trabalho a gente tem que dialogar e é evidente que por conta do trabalho que foi feito como vereador, com uma série de denúncias que envolveram não só o prefeito, mas secretários, empresários e assim por diante. Isso gerou e gera um desconforto muito grande na classe política do Amazonas. Então, eu não acho que só pelo fato de eu ser jovem facilitaria alguma articulação, até porque, pelo contrário, ser jovem dificulta composição, dificulta essa articulação porque boa parte dos políticos não aceitam o fato de eu estar no mesmo cargo que eles e até me tratam como se fosse inferior, até pelo fato de eu ser mais jovem e é uma bandeira que eu levanto”, pontuou Amom, afirmando que a idade é apenas um número e não determina ações durante a vida.
“Eu acho que a idade é apenas um número, você pode ser velho em idade ou jovem em idade e ainda sim ter ideias inovadoras ou um conhecimento técnico adequado para determinado assunto. Isso diz respeito apenas a dedicação e as motivações que cada um tem em cada etapa da vida”.
Bom vice
O Coronel Menezes (PL) já falou ao Portal O Convergente sobre Amom Mandel ser um bom perfil para ser seu vice em 2024. Amom respondeu que não há nada certo, mas que ao menos o nome do Coronel Menezes não está envolvido em nenhum escândalo na cidade ou no Estado.
“Não há nesse momento, como já falei, nenhum tipo de conversa relacionada às eleições. O Coronel Menezes é uma pessoa que até onde eu sei nunca foi envolvido em nenhum escândalo, então, acho que isso é até um ponto pra ele, mas é uma coisa que dependeria. Eu acho que é bom o fato de ele não ser envolvido em escândalos, embora nós temos outros que também não são envolvidos”, declarou o parlamentar.
Conselhos
Amom Mandel também falou de sua relação política com o ex-governador Amazonino Mendes, morto em fevereiro deste ano, aos 83. O deputado federal disse que um dos maiores conselhos dado por Amazonino a ele era o de não fazer alianças políticas, pois se arrependia ao longo da vida em ter feito muitas delas.
“A última lembrança que eu tenho dele é me dizendo que eu não deveria realizar alianças, que uma das coisas que ele fez ao longo da vida dele que se arrependia, era justamente ter feito isso, muitas alianças políticas, acordos e assim por diante. Então, ele se arrependia de muitas coisas na política que fez com políticos conhecidos do nosso Estado. Eu tentei pegar sempre o melhor e excluir o pior, então, eu tive um grau de proximidade, às vezes mais próxima, às vezes menos e nessa última conversa foi uma das coisas que ele me disse”, revelou Amom sobre sua relação com Mendes.
Mais temas
Durante a entrevista, Amom também falou sobre seu mandato como deputado federal e da intenção em conseguir recursos para o Amazonas, principalmente para a saúde, citando o caso do município de São Gabriel da Cachoeira que tem apenas um hospital militar para atender a população, além de discorrer também, sobre o Gabinete Compartilhado, a formação dos blocos partidários na Câmara, a Zona Franca de Manaus e Reforma Tributária, o uso de verbas de campanha e dinheiro público, avaliação do Governo Federal, dentre outros.
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Por Edilânea Souza
Foto: Divulgação
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