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sábado, julho 6, 2024

Roraima: Senador Mecias de Jesus se torna alvo de denúncia suspeito de cobrança de propina a empresa que transportava indígenas Yanomami

Senador está sob a suspeita de cobrança de propina a única empresa de tráfego aéreo na região, a Voare Táxi Aéreo, para mantê-la nos processos licitatórios do Governo Federal

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O senador de Roraima, Mecias de Jesus (Republicanos), se tornou alvo de várias denúncias envolvendo o Distrito Sanitário Indígena (Dsei-Yanomami) sob a suspeita de cobrança de propina a única empresa de tráfego aéreo na região, a Voare Táxi Aéreo, para mantê-la nos processos licitatórios do Governo Federal. O que chama atenção é que o senador denunciado, também integrará a Comissão Externa Temporária do Senado Federal, que vai acompanhar a crise humanitária dos povos Yanomami.

A informação ganhou ampla divulgação nesta quarta-feira, 15/2, depois de a CNN anunciar que em 2019, esta empresa estava sendo cobrada para pagar propina para atuar na área. A denúncia apontava, ainda, achaque e fraude em licitação do nomeado pelo governo Bolsonaro para cuidar da reserva Yanomami. A emissora pontuou também que a denúncia foi encaminhada ao gabinete do ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), em agosto daquele ano.

A empresa Volare deu explicações de como se dava a prestação dos serviços através de contratos com a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), vinculada ao Ministério da Saúde, e como começou a cobrança de propina.

“Ocorre que, recentemente, o coordenador do Distrito Indígena Yanomami foi nomeado pelo senador Mecias de Jesus, o que nos trouxe grande indignação, pois, de início, o senador pediu propina para nos manter no contrato. Caso contrário, seriamos substituídos”, relata o ofício.

“Nosso contrato havia expirado em janeiro de 2019, estávamos trabalhando por indenização até que o contrato emergencial, em andamento no SESAI Brasília, fosse concretizado, onde a Voare sagrou-se vencedora”, complementam.

A empresa destacou, ainda, que o coordenador indicado pelo senador teria decidido realizar uma nova cotação de preço, restringindo a participação de empresas, exigindo que os aviões fossem “aeromédicos”, ou seja, que tivessem equipamentos para que atendimentos também pudessem ser feitos no veículo.

Nota – Em nota a assessoria do parlamentar enviou uma nota de Francisco Dias, o então coordenador do distrito Yanomami citado, que alegou que a Voare deixou de prestar serviços porque ele teria constatado diversas irregularidades, tais como aeronaves inadequadas para o serviço aeromédico.

Assim, abriram um processo de dispensa de licitação para contratação emergencial. A nota ressaltou ainda que o transporte de indígenas era feito sem macas, ao lado de balões de oxigênio. Isso estaria detalhado em uma denúncia do ex-coordenador ao Ministério Público Federal.

 

Da Redação com informações da CNN

Fotos: Divulgação / Ilustração: Marcus Reis

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