A história do Lula é sinônimo de superação, isso é indiscutível. É preciso olhar com bons olhos e, até arrisco dizer para aqueles mais ferrenhos seguidores do evangelho de Cristo, que Lula, classificado por alguns como homem errado, seria a resposta de Deus ao Brasil atual.
Consta que “Deus escolheu as coisas vis deste mundo, e as desprezíveis, e as que não são para aniquilar as que são; para que nenhuma carne se glorie perante ele. (1 Coríntios 1:28-29).
Acredito que Deus o escolheu para confundir os “sábios”, aqueles cheios de certeza, que, nesse mundo de pecado, veem como tolos aqueles que acreditam em Cristo e não aderem a discursos de ódio e ao populismo barato promovido por extremistas.
Muito longe estou de um fiel seguidor da prática das escrituras, mas sou um amante das histórias de superação. Torço para que o homem que foi preso, humilhado e linchado pela opinião pública faça um bom governo, sob o aspecto humanitário e de redução das desigualdades sociais e regionais, haja vista que discutir economia no Brasil sem discutir justiça social, é uma grande falácia.
Concluo que o maior temor de alguns não é a volta de Lula ao poder, mas sim a possível implementação prática do discurso social, em especial o da causa negra, que vai de encontro ao racismo estrutural enraizado há muito no país, estrutura que gera grande parte das mazelas e da desigualdade e sustenta um sistema segregador que beneficia a burguesia e causa pobreza.
Como disse Carl Sagan: “Não é possível convencer um fanático de coisa alguma, pois suas crenças não se baseiam em evidências; Baseiam-se numa profunda necessidade de acreditar”. Diante disso, resta-me apenas a esperança de que a maioria seja constituída de seres pensantes, dotados de senso crítico e que exerçam seu papel de cidadão através do voto, bem como do controle social das ações dos políticos.
Os esperançosos como eu precisam entender que a esperança não morreu, não acabou, ela apenas reacendeu, através de uma brasa que nunca deixou de acalorar nossos corações que pulsam por um futuro melhor.
Por Christian Rocha – Jurista e ativista dos Direitos Humanos.
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