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segunda-feira, julho 8, 2024

Alexandre de Moraes determina prisão de Anderson Torres; policiais federais fazem buscas na casa dele em Brasília

Anderson Torres foi exonerado do cargo de secretário de Segurança Pública do Distrito Federal ainda no domingo, dia 8/1, por Ibaneis Rocha, pouco antes de ser afastado do cargo de governador do DF

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O ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal e ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, teve a prisão determinada, nesta terça-feira, 10/1, pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), atendendo pedido da Advocacia-Geral da União (AGU). A Polícia Federal cumpre mandado de busca e apreensão na casa de Torres, em Brasília. Ele está nos Estados Unidos em viagem com a família.

Após deixar o Ministério da Justiça, com o fim do governo Jair Bolsonaro (PL), Torres reassumiu a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal. Ele era o responsável pela pasta quando bolsonaristas terroristas invadiram os prédios do Congresso, do Supremo Tribunal Federal e o Palácio do Planalto neste domingo, 8/1.

Anderson Torres foi exonerado ainda no domingo, por Ibaneis Rocha, pouco antes de ser afastado do cargo de governador por ordem de Moraes, por 90 dias. O ministro entendeu que houve omissão das autoridades do DF nos atentados.

A AGU pediu a prisão de Anderson Torres por omissão na repressão aos ataques. Ele está de férias em Orlando, nos Estados Unidos, mesma cidade onde está Bolsonaro. Após os casos de terrorismo, Torres divulgou uma nota negando conivência nos atos e os classificando como “barbárie”. “Lamento profundamente que sejam levantadas hipóteses absurdas de qualquer tipo de conivência minha com as barbáries que assistimos”, escreveu em rede social.

Argumentos da PGR – Em ofício enviado à Justiça, a Procuradoria-Geral da República afirmou que, “no mínimo”, “houve criminosa omissão do Governador do Distrito Federal, que terá anuído e concorrido, de maneira consciente e voluntária, para os gravíssimos crimes verificados em 8 de janeiro de 2023, em Brasília”.

A PGR afirmou também que, junto com Ibaneis, têm responsabilidade sobre os fatos, “em tese”, Anderson Torres, o secretário interino de Segurança, já que Torres estava nos Estados Unidos, Fernando de Sousa Oliveira, e o comandante-geral da Polícia Militar do DF, Fábio Augusto.

Nomeação e polêmica – Antes de ser ministro do governo Bolsonaro, Anderson Torres foi secretário de Segurança Pública do DF, entre 2019 e 2021. Após deixar o governo federal, ele voltou ao cargo e foi nomeado por Ibaneis Rocha, em 2 de janeiro, um dia após a posse.

O pedido para retornar à pasta teria partido do próprio Anderson Torres, e causou reações em integrantes do governo Lula (PT) e até de ministros STF, já que o ex-ministro era considerado “homem forte” de Bolsonaro, e a escolha ocorreu em meio a uma escalada de tensões.

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Da Redação com informações do G1

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