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quinta-feira, novembro 21, 2024

A negritude e o Poder!

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É um fato: a negritude está no Poder. Alegro-me em ver Valneide Nascimento, Presidente do INAÔ, compondo o Grupo de Transição do novo Governo, em ver a professora Izete e meu líder, Igor, totalmente empenhados, pois isso reflete o compromisso do Instituto Afro Origem para com o futuro do país.

É imprescindível compreender o simbolismo representado por essas ilustres presenças.  Entusiasmo-me com Silvio de Almeida, no Ministério dos Direitos Humanos, que, ao ser empossado na função pública, fez um dos discursos mais bonitos e empolgantes que já vi e ouvi.

Margareth Menezes, na Cultura, Anielle Franco, na Igualdade Racial, Zulu Araújo, na Secretaria Executiva de Diversidade e Cultura, um ícone da literatura e ativismo brasileiro. Causa-me alegre expectativa em ver Maria Marighella na Presidência da FUNARTE, afinal, é uma vereadora aguerrida. Marivaldo Pereira, no Ministério da Justiça, respondendo pela Secretaria de Acesso à Justiça!

O próprio nome já carrega esperança, Acesso à Justiça, nada melhor que tê-lo, com toda a sua história de ativismo, no seu comando. No entanto, minha maior emoção dá-se em razão da Fundação Palmares, que conheci através do meu guru de Salvador, Bahia, o Historiador Villas Boas.

João Jorge, um monstro na causa negra, Presidente do Olodum, um conhecedor do sofrimento do povo preto, será Presidente da Fundação Palmares, carregando consigo a missão de mostrar, nos tempos de hoje, sua imprescindibilidade, constituída e erguida pelo povo preto e que jamais deveria que ter caído nas mãos de um capitão do mato.

Diante disso, sigo confiante, vislumbro um horizonte de conquistas para a causa, não somente pela história e pela cor da pele desses grandes nomes mas também pelo comprometimento em amenizar a dor desse povo pobre e sofrido que, a partir agora, pode ter a certeza de que no Poder existem pessoas que darão ouvidos às suas súplicas.

Ainda falta o Parlamento, faltam os projetos de Lei e falta, acima de tudo, mais representatividade no Congresso Nacional.

Até lá…
Viva, Zulu Araújo!
Viva, Villas Boas!
Viva, Silvio Almeida!
Viva, Anielle Franco!
Viva, Margareth Menezes!
Viva, Jojo!

Por fim, viva a fé que tenho na pessoa bendita de Jesus Cristo, que ouviu o clamor!

 

 

Por Christian Rocha – Jurista e ativista dos Direitos Humanos.

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