Em Urucará, onde o prefeito, Enrico de Souza Falabella (MDB), já foi alvo de investigação no Ministério Público do Amazonas (MPAM) por suposto favorecimento em licitações, a Prefeitura pretende gastar mais de R$ 2 milhões apenas para construir uma praça no município.
O valor equivale à somatória do que deve ser pago para duas empresas que venceram o procedimento licitatório referente à Tomada de Preço N° 002/2022. O mesmo, conforme o documento que foi publicado no Diário Oficial dos Municípios do Estado do Amazonas (AAM), nessa segunda-feira, 19/12, teve “por finalidade a contratação de empresa para a realização dos serviços de engenharia para a Construção de Praça Pública no Município”.
Ainda conforme o documento, as empresas vencedoras foram: a MS Construções e Terraplanagem LTDA, inscrito no CNPJ sob o n° 10.188.217/0001-20, pelo valor global de R$ 1.005.158,84 (um milhão e cinco mil cento e cinquenta e oito reais e oitenta e quatro centavos), e a JC de Oliveira Filho – Construção e Terraplanagem -EIRELI, inscrita no CNPJ sob o n° 32.137.147/0001-14, pelo valor global de R$ 1.008.488,24 (um milhão oito mil quatrocentos e oitenta e oito reais e vinte e quatro centavos).
A publicação não detalha prazo e nem de que forma a construção será feita, bem como os produtos que devem ser adquiridos para tal fim.
Confira:
Por isso O Convergente entrou em contato com a Prefeitura do município, pedindo mais detalhes sobre o contrato que tem indícios de superfaturamento, uma vez que será apenas para construir uma praça, mas até a publicação da matéria não teve resposta.
Favorecimento investigado – Em setembro deste ano, o prefeito Enrico de Souza Falabella, virou alvo de uma ação no MPAM, após uma representação apontar provável favorecimento em licitações para a empresa da suposta nora da vice-prefeita de Urucará, Ana Tereza (MDB).
O órgão ministerial instaurou um inquérito civil para apurar o caso e se fosse confirmado, a Prefeitura do município poderia responder por improbidade administrativa.
A representação encaminhada ao órgão, pediu a investigação, após apontar que o suposto favorecimento e direcionamento teria acontecido em licitações “ocorridas entre 2018 e 2022, tendo como favorecida a empresa Juliane Pereira da Silva ME, cuja proprietária seria nora da vice-prefeita”.
Da Redação
Fotos: Divulgação/ Capa: Marcus Reis