Nesta sexta-feira, 9/12, o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), deverá anunciar parte de sua equipe ministerial para o próximo governo, que terá início em janeiro de 2023. A informação de que a divulgação será feita hoje foi dada pela presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann.
O anúncio deverá ocorrer a partir das 10h15, durante uma entrevista coletiva convocada pelo presidente eleito no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), sede da transição de governo, em Brasília.
Segundo políticos ouvidos pela CNN, o antigo Ministério da Economia deverá ser desmembrado em três durante o governo Lula: Fazenda; Indústria, Comércio Exterior e Serviços; e Planejamento, Orçamento e Gestão. A pasta da Fazenda é a que deverá ficar com Fernando Haddad, ex-ministro da Educação e ex-prefeito de São Paulo.
O Ministério da Defesa deverá ser ocupado por José Múcio Monteiro, que já foi presidente do Tribunal de Contas da União (TCU) e aceitou o cargo após duas semanas de conversas, inclusive com sondagens de militares da ativa e da reserva.
Para a Casa Civil, o mais cotado é Rui Costa, atual governador da Bahia e cujo mandato termina no dia 31 de dezembro. A pasta é uma das mais relevantes da Esplanada e, durante os dois primeiros governos de Lula, foi ocupada por nomes como os de Dilma Rousseff e José Dirceu.
Ex-juiz federal e ex-governador do Maranhão, Flávio Dino deverá ocupar o Ministério da Justiça e Segurança Pública. Na eleição deste ano, Dino foi eleito senador pelo seu estado. Para a pasta, há a possibilidade de desmembramento entre as áreas de Justiça e Segurança Pública, mas a divisão deverá ficar para depois.
O Ministério do Meio Ambiente deverá ter o retorno de Marina Silva, que chefiou a pasta entre 2003 e 2008, durante os dois primeiros governos de Lula. Marina, que se elegeu deputada federal pela Rede em São Paulo, havia se afastado do petista, mas se reaproximou de Lula durante a campanha deste ano.
Outro que deve voltar a compor a Esplanada é Mauro Vieira, que foi ministro das Relações Exteriores entre 2015 e 2016, durante o governo Dilma. A expectativa é de que ele volte a assumir o Itamaraty.
O PT já foi informado que deve ficar com menos de um terço do comando do primeiro escalão da Esplanada dos Ministérios, diante da necessidade do presidente eleito de acomodar partidos aliados, tanto que o apoiaram na disputa eleitoral como os que são estratégicos para a aprovação da PEC do Estouro.
Outros cotados – Aliado do vice-presidente eleito Geraldo Alckmin, o ex-deputado Floriano Pesaro (PSB) é o nome sondado para a Secretaria-Geral da Presidência da República, área responsável pela parte administrativa do Palácio do Planalto.
Conforme interlocutores do presidente, Lula tem mais possíveis ministeriáveis já consultados. As respostas podem vir até o fim de semana.
São eles: os senadores Carlos Fávaro (PSD-MT), Simone Tebet (MDB-MS); e Alexandre Silveira (PSD-MG); o ex-governador de São Paulo Márcio França (PSB); os deputados federais Reginaldo Lopes (PT-MG), José Priante (MDB-PA) e Marília Arraes (Solidariedade-PE); o deputado estadual André Quintão (PT-MG); o vereador de Araraquara (SP) Rafael Angeli (PSDB); ex-governador do Rio Grande do Sul Germano Rigotto (MDB); o economista Márcio Pochmann (PT) e a socióloga Nísia Trindade.
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Da Redação com informações da CNN
Foto: REUTERS/Amanda Perobelli