Ao menos 17 estados brasileiros ainda possuem manifestações ativas em rodovias contra a vitória do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na manhã desta quarta-feira, 2/11. Os bloqueios iniciaram desde o último dia 30 de outubro, quando as urnas confirmaram a vitória de Lula e nesta quarta-feira os caminhoneiros manifestam nos estados do Acre, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins.
Em Manaus, nessas primeiras horas desta quarta-feira, 2/11, a movimentação é tímida e manifestantes estão concentrados em frente ao Comando Militar do Amazonas (CMA), instalado na zona Oeste da capital Amazonense.
Os dados foram obtidos junto às Polícias Rodoviárias Federal (PRF) nos estados, que informaram que até às 6h30 desta quarta, 563 manifestações foram desfeitas pela PRF. O total de ocorrências em rodovias federais no Brasil era de 167 nesta manhã.
Nove estados e o Distrito Federal confirmaram que não possuem manifestações ativas, são eles: Amapá, Alagoas, Ceará, Maranhão, Paraíba, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Sergipe.
Efeitos – Diversas áreas sentiram as consequências dos bloqueios que ocorrem desde segunda-feira, 31/10. Em São Paulo, caminhões contendo 520 mil ovos usados para produção de vacinas contra a gripe pelo Instituto Butantan chegaram ao destino na tarde de terça-feira, 1º/11, com mais de oito horas de atraso em relação ao cronograma previsto.
Plataformas sem ônibus e fila de passageiros sem previsão de quando vão conseguir embarcar para os destinos: esse era o cenário em diversas rodoviárias pelo país. Viagens foram canceladas e ônibus que já haviam saído ficaram parados nas estradas por horas.
O setor aéreo também foi afetado. O presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) disse que as interdições podem comprometer o abastecimento das aeronaves. Voos no Rio de Janeiro e em Guarulhos foram suspensos desde o início das manifestações.
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Da Redação com informações da CNN
Foto: Eduardo Knapp / Folhapress