Em seu primeiro pronunciamento após ser eleito presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) adotou um tom conciliador. Lula foi eleito neste domingo, 30/10, para o seu terceiro mandato como presidente da República. Com 100% das urnas apuradas, o petista tinha 50,90% dos votos, ante 49,10% para o presidente Jair Bolsonaro (PL).
Sem citar nominalmente o adversário, o petista criticou o atual presidente e prometeu que vai governar “para 215 milhões de brasileiros e não apenas para aqueles que votaram” nele.
É hora de baixar as armas que jamais deveriam ter sido empunhadas. Armas matam e nós escolhemos a vida”, disse Lula ao lado de apoiadores.
Depois do pronunciamento, Lula foi à avenida Paulista, em São Paulo, e discursou para apoiadores e militantes. Diante de uma multidão, ele disse que “derrotamos o autoritarismo e o fascismo deste país”.
Lula e sua esposa, Janja da Silva, subiram ao palco visivelmente emocionados. Nas primeiras palavras, o petista agradeceu a Deus e às senadoras Simone Tebet (MDB-MS), que foi candidata derrotada no primeiro turno da disputa à Presidência, e Eliziane Gama (Cidadania-MA). As duas embarcaram na campanha no segundo turno e foram peças-chave em discursos entre conservadores e evangélicos.
No discurso, Lula não só pontuou as falhas da gestão Bolsonaro nas questões econômica, social e ambiental como tocou sutilmente em outros pontos críticos do presidente, como os sigilos de 100 anos adotados sobre diversos assuntos, que o petista criticou durante toda a campanha.
“As grandes decisões políticas que impactam a vida de 215 milhões de brasileiros não serão tomadas em sigilo, na calada da noite”, afirmou o petista.
Lula também falou indiretamente sobre sua prisão em decorrência da operação Lava Jato.
“Tentaram me enterrar vivo e estou aqui para governar esse país”, afirmou.
O presidente eleito repetiu discursos de paz, adotados ao longo da campanha, e destacou que o Brasil precisa de união e que “esse povo não quer mais brigar”.
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Da Redação com informações do UOL
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