O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quinta-feira, 27/10, que seu adversário, presidente Jair Bolsonaro (PL), tem o direito de “chorar” e “espernear” em relação a denúncia de que rádios estariam suprimindo programas eleitorais do PL.
“Nós ainda temos que disputar (o voto de) algumas pessoas que estão indecisas e pessoas que votaram nulo e branco no primeiro turno, mas é o direito que ele tem de chorar, de espernear porque sabe que vai perder as eleições”, disse o candidato durante sabatina promovida pelo jornal Correio Braziliense.
O ex-presidente destacou que Bolsonaro encomenda várias pesquisas, mas sabe que não vai vencer. “O Bolsonaro está ciente que vai perder as eleições. Ele estuda pesquisa, encomenda pesquisa e ele sabe que vai perder”, destacou.
No início da noite de quarta-feira, 26/10, Bolsonaro convocou uma entrevista coletiva de imprensa para criticar o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por ele ter arquivado a denúncia apresentada por sua campanha.
No pronunciamento, o presidente disse que iria “às últimas consequências, dentro das quatro linhas da Constituição”, para fazer valer a alegação de que o petista foi beneficiado.
Denúncia – Na segunda-feira, 24/10, o ministro das Comunicações, Fábio Faria, e o ex-secretário especial de Comunicação Fabio Wajngarten, que coordena a comunicação da campanha de Bolsonaro, afirmaram que rádios do Nordeste estariam desfavorecendo Bolsonaro ao veicular propaganda eleitoral. Pela tese da campanha, haveria milhares de inserções a mais para a campanha de Lula.
Além de arquivar o pedido, Moraes disse haver “possível cometimento de crime eleitoral com a finalidade de tumultuar o segundo turno”. E mandou instaurar procedimento para apurar desvio de finalidade no uso do Fundo Partidário do PL, além de determinar envio de cópia dos autos ao Supremo, para anexação ao inquérito das milícias digitais.
“Agora há pouco, soubemos que o senhor Alexandre de Moraes matou no peito e encaminhou para o STF para um inquérito que ele mesmo conduz. É um inquérito que não respeita a Constituição e não tem respaldo do MPF também. Manda investigar o autor da denúncia, dizendo que o autor está querendo tumultuar o processo”, disse Bolsonaro durante coletiva na noite de quarta-feira, 26.
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Da Redação com informações do Valor Econômico
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