Um forte esquema de segurança, diversos aliados, poucos apoiadores e temas voltados para a preservação da floresta Amazônica. Foi assim a visita do candidato à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ao Museu da Amazônia (Musa), na zona Norte de Manaus, na tarde desta quarta-feira, 31/8. No local, Lula, falou sobre alianças políticas e reforçou a criação de alguns ministérios, caso seja eleito. Além de falar sobre a motivação de retornar para a política.
“Eu não precisaria, depois dos 72 anos de idade, depois de ter recolhido de vocês o sucesso que eu recolhi na presidência da república, que eu devo a generosidade do provo brasileiro, o sucesso do nosso governo, eu deveria viver os ouros, a glória, de ter sido considerado o melhor presidente do Brasil e não está metido nesta treta”, destacou Lula ao falar que “o Brasil piorou” e por isso tomou a decisão “junto com dezenas de partidos políticos, junto com filiados de dezenas de partidos, de que eu iria concorrer às eleições para presidente da República”.
No Museu da Amazônia local, o ex-presidente esteve reunido com lideranças indígenas, políticas e ambientalistas, onde, além de falar com sobre questões relacionadas ao meio ambiente e garimpo ilegal.
“É possível a gente continuar demarcando as terras indígenas e cuidando para que as terras demarcadas não sejam invadidas nem por garimpeiros e nem por madeiros”, disse o candidato ao falar sobre algumas das motivações que o fizeram concorrer nas eleições.
Apoio – Lula, que conversou com a imprensa antes do encontro com as lideranças, ao ser questionado sobre não ter o apoio de Marina Silva (Rede), que foi ministra do Meio Ambiente durante seu Governo e hoje está em outro partido concorrendo como deputada federal, respondeu rindo que é impossível não falar com Marina já que ela mora a três minutos de sua residência.
“Ela participou ativamente do meu governo. Ela saiu porque entendeu que deveria sair, mas eu não deixei de perder a admiração e o respeito pela Marina”, afirmou o candidato querendo dizer que mantém o diálogo com Marina, que se recusou a ser candidata a vice-governadora de Fernando Haddad (PT), que concorre ao Governo de São Paulo.
Aliados – Estiveram presentes no local, o candidato ao Governo do Amazonas, Eduardo Braga (MDB) e sua candidata como vice-governadora, Anne Moura (PT), o candidato a senador Omar Aziz (PSD), o senador Randolfe Rodrigues (Rede/PA), o candidato a segundo suplente a senador, João Pedro (PT), entre outros políticos. Além da esposa de Lula, Rosângela Silva, conhecida como Janja.
No local, ao discursar, Omar Aziz falou sobre as questões que envolvem as terras indígenas.
“Pesquisa é como política de estado e não de governo. A gente discute e discute Amazônia e se criam aqui no Brasil algo que parece que só tem minério em terra indígena. É mentira. Não tem. Tem em outros lugares também, mas parece que as pessoas só querem o que está na terra indígena”, disse o candidato ao falar sobre a mineração nas terras indígenas e dizer que a esperança, é o Lula voltar para a Presidência”, disse Omar.
O candidato ao governo do Amazonas, Eduardo Braga, reforçou a aliança com o Lula e destacou a importância de discutir o tema. Porém, reforçou que muitas outras coisas precisam ser feitas para impactar na preservação da floresta.
“Presidente, tudo isso é muito importante, mas para combater a fome, a miséria do povo que vive na floresta, e sem vencer a fome e a miséria, será impossível salvar a natureza, a floresta das arvores”, destacou Braga.
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Por Izabel Guedes
Fotos: Marcus Reis
