Experiência na gestão pública, de segurança, propostas de candidatura e disputa a um cargo eletivo, foram temas abordados pelo ex-secretário de Segurança Pública do Amazonas e candidato a deputado federal, Coronel Bonates (União Brasil), no quadro “Debate Político”, do Portal O Convergente, na tarde dessa quarta-feira, 24/8.
Durante a entrevista, conduzida pela pesquisadora Erica Lima, Coronel Bonates destacou que, embora seja a primeira participação em um pleito, sempre esteve envolvido com política, desde a época do ex-governador do Amazonas, Gilberto Mestrinho. Além disso, Bonates também falou sobre o apoio dado ao governador Wilson Lima (União Brasil) e destacou que não apoiaria outro candidato ao Governo do Amazonas.
“Eu não faria palanque para nenhum outro. Eu só faço palanque para o governador Wilson Lima. Todos os outros eu não faço palanque”, declarou.
Questionado, caso eleito para a Câmara dos Deputados, sobre como atuará em Brasília, as bandeiras que defende, além da segurança pública, Bonates disse que vai buscar conversar, afirmando que a “política é a arte do diálogo”, e que ele conhece muito bem os caminhos para buscar mais investimentos para o Amazonas.
“Nós temos uma desvantagem muito grande em relação ao resto do país, principalmente no Sul e Sudeste. Nós somos apenas oito deputados federais do Amazonas, contra 70 de São Paulo, é uma luta de Davi e Golias. Então nós temos que saber escolher nossos oito representantes para que tenham realmente fibra. A política é a arte do diálogo e nós vamos saberemos dialogar, buscar parceiros e movimentações. Nós seremos a voz do povo do Amazonas no Congresso Nacional, e nós vamos realmente querer ter essa voz bem ativa”, disse Bonates afirmando que sabe como se movimentar para trazer recursos para o Amazonas, além das emendas parlamentares.
Propostas – Ainda na entrevista, Coronel Bonates falou sobre a manutenção da Zona Franca de Manaus (ZFM) e a luta para que os recursos voltem para o Polo Industrial de Manaus (PIM). Ele defendeu a criação das novas matrizes econômicas com a ampliação do uso do gás natural; da exploração de calcário, do ouro e de outros minérios, com exploração feita de maneira sustentável; do manejo do pirarucu, do turismo, do turismo de pesca, e de outros meios econômicos, que podem ajudar no desenvolvimento do Estado.
Segurança – Quanto aos temas ligados à segurança, Bonates mencionou sobre sua atuação à frente da Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM), com a implantação do sistema Oráculo, mas conhecido como paredão; sobre mudanças no Código Penal para garantir mais segurança à população; do concurso público, e do aparelhamento tecnológico para as Polícias Civis e Militares.
Apoio – Sobre o apoio aos demais cargos, como senador e presidente da República, Bonates afirmou que segue as recomendações do governador Wilson Lima. Para o Senado, Bonates apoiará Coronel Menezes e para presidente disse que já tem o seu candidato, sem mencioná-lo, e que o presidente eleito tem que governar em favor do Amazonas.
“Eu estou seguindo o meu governador que é o meu líder político. Nós temos para o Senado o Coronel Menezes, que estou seguindo, e para presidente cada um tem que escolher o seu. Não me interessa quem vai ser o presidente. Realmente eu tenho a minha preferência, mas não me interessa quem será o presidente, o que me interessa é que ele trabalhe para o povo do Amazonas. Se o presidente trabalhar pelo povo do meu Estado, ele terá todo o meu apoio”, ressaltou Bonates.
Bastidores – O candidato também comentou sobre sua relação com os demais candidatos da sua legenda e disse que é necessário acabar com essa política de “ataque”, principalmente entre correligionários da mesma sigla.
“Eu os vejo como meus companheiros. Nós estamos, lógico, em uma luta política, no caso dos nove candidatos a deputados federais. São oito vagas, nove estão disputando pelo nosso partido. Nós temos um relacionamento de civilidade, ninguém está tentando atropelar ninguém, nem muito menos outras pessoas. Eu acho que a gente tem que sair dessa política de ataques, tem que ser uma política de proposições de ideias, e não ficar xingando um ao outro, dizendo que o outro não presta. O povo não quer saber disso, o povo que saber de propostas”, pontuou Bonates afirmando que não está preocupado com os outros, porque uma das oito vagas na Câmara Federal já é dele: “Eu não estou preocupado com nenhum outro, porque eles estão disputando sete vagas, porque uma já é minha”, concluiu.
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Por Edilânea Souza
Fotos: Marcus Reis