O momento é histórico, afinal é a motivação de crescer dialogando, aprendendo e compartilhando conhecimentos. O crescimento intelectual é algo transformador que tem como base a aprendizagem nas experiências da vida, nos suspiros de realizações e no amargar de desejos incompletos.
A sobrevivência de um periférico na sua comunidade é somente um show de melancolia, garra, superação e eventos escassos de alegria. Talvez o discurso de que a “Favela Venceu” não seja o mais fiel à realidade, no entanto, para um pequeno público, é sim algo raro, mas que, arrisco dizer, encontra amparo em ideias e justificativas palpáveis.
Romantizar a pobreza é um ato dos mais covardes e insanos de um orador, tanto quanto criminalizar a pobreza. A famigerada classe dominante conseguiu naturalizar o preconceito, a discriminação e o Racismo no país do futebol que é o mais desigual do mundo. Limitaram sonhos e sonhadores.
Por essa razão, a labuta diária não é igual para todos, o esforço para alcançar o sucesso não é o mesmo, toda a discriminação impregnada nas mais profundas raízes da nossa sociedade impõe degraus mais altos para uns que para outros.
Assim, nada resta senão continuar o embate diário contra todas as formas de preconceito e segregação, sugando o veneno do racismo de todo o organograma estatal. Todavia, sabemos que essa luta está longe de ser vencida, que a vida não para e os desafios continuam.
Diante disso, caro leitor, questiono-te: qual é o teu limite?
Peço-te, por outro lado, que não condicione seu limite a opiniões alheias, mas a sua capacidade de suportar essas lutas e desafios. Estude, trabalhe e conquiste seu espaço. Hoje tenho o privilégio que é convidar você a fazer essa reflexão.
Apesar de tudo, você é o responsável exclusivo pelas suas conquistas e, por isso, também responde pelos seus sucessos e fracassos.
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Por Christian Rocha – Jurista e ativista dos Direitos Humanos.
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