Após ter seu nome indicado para compor a chapa ao lado do senador Eduardo Braga (MDB) ao Governo do Amazonas, Anne Moura (PT) falou com exclusividade ao Portal O Convergente, na tarde desta sexta-feira, 5/8, sobre a escolha de seu nome para vice-governadora nas eleições deste ano.
Anne também falou de como foi os bastidores deste processo e que, inclusive, teve contrariedade ao seu nome mesmo dentro da sigla, sobre os preconceitos ainda com as candidaturas femininas e das tratativas em torno da visita do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda neste mês de agosto a Manaus.
O nome de Anne surgiu a partir da convenção do PT e da federação Fé Brasil (PT, PV e PCdoB), na semana passada. “Quando tentaram apresentar meu nome para vice, foi colocada a seguinte imposição, em tom de ameaça, que se se eu aceitasse ser vice, eu não poderia ser federal [deputada]”, explicou.
Anne disse que ainda que a aproximação com o presidente Lula somou a sua expertise ao longo de mais de 15 anos na militância para a escolha de seu nome.
Nos bastidores, Anne falou que houve surpresa de sua indicação, mas também exclusão por ser mulher. “Primeiro que é uma novidade para todo mundo ser uma mulher. Os homens sempre tentam se reunir numa sala, acertar tudo e não me incluir, foi o que aconteceu, embora eu seja dirigente nacional do partido. O senador Eduardo Braga ouviu várias pessoas dentro do PT e somente a noite eu fui chamada para a reunião para dizer que ainda não havia escolhido a questão do nome, mediante a essas conversas”, revelou a candidata a vice-governadora.
Anne também falou sobre os projetos para a ala de mulheres do PT no Amazonas.
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Por Edilânea Souza
Foto: Divulgação