Em lançamento de candidatura de Carol Braz (PDT) para o Governo do Amazonas, o candidato à Presidência República pela sigla, Ciro Gomes, criticou as gestões de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), que, segundo ele, não colocaram comida no prato de ninguém e nem proporcionaram geração de emprego aos brasileiros. A fala de Ciro Gomes foi feita durante convenção partidária da legenda, na noite desta segunda-feira, 1°/8, na zona Centro-Sul de Manaus.
Na convenção, que também lançou o nome do engenheiro civil Cláudio Machado como vice de Braz, Ciro falou sobre o novo decreto do Governo Federal que enfraquece a competitividade da Zona Franca de Manaus (ZFM).
“Ninguém viria fazer a instalação de uma indústria no coração do Amazonas se não fosse pela política de incentivos fiscais, que lá atrás nós montamos no Brasil, e que esses desastrados que administram o país ao longo dos últimos anos têm procurado destruir. O que eu posso dizer ao povo de Manaus é que o Polo Industrial é um tesouro que será protegido, ampliado e interiorizado ao interior do Amazonas, e isso importa para o Brasil, e faz parte do meu projeto nacional para o desenvolvimento”, disse Ciro.
Ciro criticou, ainda, a “invasão” de Lula em outras siglas partidárias para tentar inviabilizar sua candidatura e de Simone Tebet (MDB). Além de pontuar que o Estado é muito rico e precisa saber explorar suas riquezas naturais.
“O Estado do Amazonas é um estado muito importante para a vida brasileira. Nós tiramos daqui 8% da produção industrial do país, aqui está o bioma mais conhecido e cobiçado de todo o planeta Terra e aqui você tem distorções muito graves, um estado riquíssimo com potencial absolutamente extraordinário e não está explorando devidamente”, destacou Ciro, falando que há locais em que estão sendo explorados por uma “holding do crime” enquanto se poderia aproveitar mais para potencializar a bioeconomia, a biotecnologia, a geração de energia de biomassa e outras atividades econômicas.
Debates – Sobre o cancelamento e adiamento dos debates nas emissoras de TVs, pela não confirmação das presenças de Lula e Bolsonaro, Ciro disse que isso é uma vergonha e espera que as emissoras repensem, uma vez que tal decisão não será nada democrática para o povo brasileiro, pois os debates servem para os eleitores conhecerem as propostas dos candidatos, independente de quem vai participar ou não.
Durante seu discurso na convenção do PDT, o presidente nacional da sigla, Carlos Lupi, disse que o governo de Bolsonaro foi um desastre na pandemia da Covid-19. Lupi ainda chamou o presidente de “profeta do mal, belzebu e assassino”, devido às milhares de mortes causadas pela infecção, em todo o Brasil, por conta do “negacionismo” de Bolsonaro, que deixou de gerir a crise.
“Esse presidente que está aí é um assassino. Dezenas de milhares de brasileiros morreram de Covid por causa da omissão desse profeta do mal, desse belzebu”, disse Lupi se referindo a Bolsonaro.
Já Carol Braz, agradeceu a indicação ao Governo do Amazonas e disse que é necessário mudar o cenário, que não é nem a “velha e nem nova política”, é fazer o certo. “Nós temos um movimento de pessoas diferentes e que acreditam na renovação verdadeira da política, que acreditam realmente em uma política que vai fazer o que é certo, uma política justa. Não existe a velha política ou a nova política, o que existe é a política errada e a política certa, e nós escolhemos fazer a política certa”, ressaltou a candidata.
Mais nomes – Para o Senado federal, o PDT lançou o nome de Luiz Castro e como primeira suplente dele, a professora Francenilda Gualberto. Além de nomes que vão compor o cenário estadual e federal, para ocupar as vagas disponíveis na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) e na Câmara dos Deputados, com candidaturas femininas e de indígenas.
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Por Edilânea Souza
Fotos: Marcus Reis
