A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, encaminhou, nessa quarta-feira, 29/6, à Procuradoria-Geral da República (PGR), a terceira ação movida contra o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), em que parlamentares pedem que o chefe do executivo nacional seja investigado por supostas irregularidades no âmbito do Ministério da Educação (MEC) e do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
Seguindo o que determina o Regimento Interno do STF, a ministra pede a manifestação do procurador-geral da República, Augusto Aras, sobre a petição.
Ao encaminhar os autos à PGR, a relatora afirmou que a notícia-crime apresentada pelos sete senadores relata “quadro de gravidade incontestável, o que impõe a manifestação da Procuradoria-Geral da República, para se cumprirem os fins do direito vigente”.
Ação – A Petição (PET) 10438 foi apresentada pelos senadores Paulo Rocha (PT-PA), Humberto Costa (PT-PE), Fabiano Contarato (PT-ES), Jaques Wagner (PT-BA), Jean Paul Prates (PT-RN), Paulo Paim (PT-RS) e Zenaide Maia (PROS-RN).
De acordo com os senadores, desdobramentos das investigações sobre possíveis atos de corrupção passiva, tráfico de influência, advocacia administrativa e prevaricação atribuídos ao ex-ministro da Educação Milton Ribeiro apontam para possível prática de violação de sigilo processual e obstrução de justiça por Bolsonaro.
Conversas do ex-ministro e de sua esposa, captadas em interceptação telefônica, sinalizariam a atuação do presidente da República para “proteger, precaver ou beneficiar” Ribeiro.
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Da Redação com informações do STF
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