Com um mandato marcado por denúncias e polêmicas, o presidente estadual do Progressistas (PP-RR) e pré-candidato ao Senado no pleito deste ano, deputado federal Hiran Gonçalves, teve seu nome envolvido em mais uma polêmica por conta de gastos excessivos da Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar, o famoso “Cotão”. Segundo um levantamento feito por um veículo de comunicação, o aliado do governador de Roraima, Antonio Denarium (PP), gastou quase R$ 1,5 milhão em pouco mais de três anos, sendo mais de R$ 600 mil só com publicidade.
O levantamento teve como base dados divulgados pelo parlamentar no site da Câmara dos Deputados. De acordo com a pesquisa, os dados são correspondentes ao período do atual mandato de Hiran Gonçalves, de 2019 a 2022, sendo neste último contabilizado apenas os três primeiros meses do ano.
As informações indicam, ainda, que o presidente do Progressistas dedicou a maior parte dos gastos para ter mais visibilidade entre o eleitorado roraimense. Ao todo, foram gastos R$ 609.441,88 apenas com a divulgação da atividade parlamentar. O primeiro ano de mandato, 2019, foi o período em que Hiran Gonçalves mais pediu reembolso do “Cotão”, estimado em pouco mais de meio milhão.
Outra despesa que chama a atenção é o gasto de quase R$ 200 mil com o aluguel de veículos. Somente em 2019, foram pagos R$ 129,9 mil de recursos públicos para esta finalidade. Por mês, Hiran Gonçalves chegou a gastar R$ 10 mil na locação de carro.
Além disso, o deputado federal gastou quase R$ 100 mil com manutenção de escritório. Os demais gastos foram com serviços telefônicos, combustível, serviços postais, segurança e passagens aéreas.
Levantamento – Em outro levantamento, feito no ano passado, os dados já apontavam um gasto expressivo do parlamentar. Em apenas um ano e meio, Hiran Gonçalves já havia “torrado” mais de meio milhão do “Cotão”. À época, as maiores despesas estavam sendo com passagens aéreas, combustíveis, publicidade e pesquisa.
No início deste ano, outra consulta de dados foi feita pela reportagem no site da Câmara dos Deputados sobre os gastos do deputado federal. Na ocasião, Hiran, que sonha em ser eleito senador no pleito deste ano, havia gastado R$ 250 mil, em 14 meses, apenas com publicidade e propaganda.
Devolução de recursos – No dia 10 de junho, o Tribunal Regional Eleitoral de Roraima (TRE-RR) determinou que Hiran Gonçalves devolvesse recursos arrecadados para o financiamento da campanha eleitoral deste ano. Segundo os advogados do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), que moveram a ação, o parlamentar teria recebido depósitos ilegalmente por meio de uma rede social.
De acordo com a decisão, houve infração às normas financeiras de campanha na arrecadação de valores em período vedado pela legislação eleitoral. Conforme a legislação eleitoral, os pré-candidatos só podem receber doação a partir do dia 10 de maio do ano eleitoral.
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Da Redação
Foto: Divulgação
