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quarta-feira, dezembro 4, 2024

Sessão para escolha de presidente da Câmara de Lábrea tem tumulto, boicote a candidatura de chapa feminina e esvaziamento de plenário

Segundo informações de bastidores, alguns vereadores que estavam na Casa Legislativa se ‘esconderam’ da população que não concordavam com a postura dos parlamentares, que teriam sido coagidos a boicotar a eleição

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A escolha da nova presidência da Câmara Municipal de Lábrea, que deveria ocorrer durante a sessão plenária desta quarta-feira, 18/5, foi marcada por tumulto, acusações de boicote a candidaturas, suposta coação a vereadores e esvaziamento do plenário, tudo para que não houvesse a votação da nova Mesa Diretora da Casa.

Um vídeo, encaminhado ao Portal O Convergente, mostra o exato momento em que a vereadora Lícia Gomes (MDB), expõe toda a situação, questionando se uma chapa composta por mulheres, em sua maioria, não poderia ser aceita. A vereadora afirma na gravação ter inscrito sua chapa nesta manhã, às 8h, dentro do prazo estipulado no Edital, que se encerrava às 8h30, desta quarta-feira. Após isso, a parlamentar alega que retornou ao setor de protocolo por volta das 9h14, e não tinha mais nenhuma chapa inscrita.

“Concorre quem quer. Não podem tirar o direito de nós mulheres concorrermos a uma chapa, onde já viu isso? Tirar o nosso direito de concorrer na chapa. A gente entrou 8h no plenário, foi protocolado o documento, no edital está escrito que 8h30 finalizaria a entrada da chapa. Voltamos lá para verificar, perguntamos do rapaz se alguém deu entrada e ele disse que não. Então a única chapa que se apresentou foi a nossa, a de mulheres. Nós quatro apresentamos a chapa, fomos as únicas que tivemos coragem de ‘mostrar a cara’ e concorrer a uma coisa que é direito nosso. Não estamos brigando, apenas estamos querendo o nosso direito de mulher”, disse a parlamentar, na ocasião.

A chapa que disputa a presidência da Câmara de Lábrea e que disse que sofreu o boicote por parte dos demais parlamentares é composta pela vereadora Lícia, que lidera a chapa, e pelos parlamentares: Áurea Galvão (MDB); Andrea Teixeira (PSC); Greice Damasceno (PSC); Brígida Barreto (PSC), e o vereador Hélio Camurça (Republicanos).

Ainda segundo informações de bastidores, alguns vereadores que estavam na Casa Legislativa teriam se “escondido” da população que não concordavam com a postura dos parlamentares, entre eles o vereador Valdivino Dias (PL), o “Didi”; Bed Nahim (PP); David Brito (MDB); José Francisco Oliveira (PSD), o “Duda”, e Luiz Gonzaga (PP), o “Luizinho”.

Outra informação repassada ao O Convergente é de que o atual presidente da Câmara de Lábrea, o vereador Regifran Amâncio (MDB), não contava que iria ter uma chapa concorrente e assim que soube teria começado a coagir os demais parlamentares, “boicotando” a eleição, que precisaria de nove vereadores para que assim pudesse ocorrer a votação, Mesmo com a sessão iniciada, a votação não ocorreu.

Confusão – Na ocasião, a bancada feminina recorreu à promotoria da cidade para dar denunciar o fato. Alguns populares ficaram em frente à Câmara aguardando a saída dos vereadores que não chegaram a participar da reunião, por conta disso a Polícia Militar do Amazonas (PMAM) foi acionada.

Retorno – O Portal O Convergente procurou a Câmara de Lábrea para entender a polêmica na votação para escolha do presidente da Casa Legislativa, que informou que no momento da votação não tinha quórum suficiente, ou seja, nove parlamentares.

“O artigo 93 da Lei Orgânica do município de Lábrea, diz que as Sessões da Câmara só poderão ser abertas com a presença mínima de 2/3 de seus membros, onde dos 13 vereadores somente 7 estavam presentes, e por esse motivos não teve quórum para dar continuidade, tendo o presidente ter que encerrar e adiar a votação”.

Veja ao vídeo:

Da Redação

Fotos: Divulgação

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