Uma pesquisa realizada pelo Instituto MDA, a pedido da Confederação Nacional de Transportes (CNT), divulgada nesta terça-feira, 10/5, aponta que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda está à frente do presidente Jair Messias Bolsonaro (PL), porém a diferença entre os dois candidatos à Presidência da República caiu de 14 pontos percentuais em fevereiro, para 8,6 em maio, o que reacendeu às esperanças dos apoiadores bolsonaristas. A pesquisa foi realizada entre os dias 4 e 7 de maio deste ano.
O movimento, ainda que alimentado pela saída da disputa do ex-ministro da Justiça, Sergio Moro (União Brasil), que tinha 6,4% das intenções de voto em fevereiro, é visto como um degrau para a escalada de Bolsonaro para ultrapassar Lula até junho, como apostou o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), um dos líderes do Centrão, bloco que sustenta Bolsonaro no Congresso e na eleição.
“É uma expectativa que, pelas últimas pesquisas, ele passe no final de maio ou junho”, disse Lira em entrevista ao jornal Valor Econômico no último dia 5.
A expectativa contraria análises de especialistas, que consideram muito difícil daqui para frente Bolsonaro manter uma taxa de crescimento suficiente para ultrapassar o petista.
Mas é inegável que a distância entre os dois vem encurtando de forma considerável. Segundo a recente pesquisa CNT/MDA, a diferença de Lula para Bolsonaro era de 14,7 pontos percentuais em julho de 2021 (41,3% a 26,6%), subiu para 17,2 em dezembro (42,8% a 25,6%) e ficou em 14,2 em fevereiro (42,2% a 28%). Hoje, ela é de 8,6 (40,6% a 32%), ou seja, em relação a dezembro, a distância do petista para o presidente caiu exatamente pela metade.
A menor diferença registrada entre ambos até agora pelos institutos foi de 4,8 pontos percentuais, apontada pelo Paraná Pesquisas na semana passada (40% a 35,2%).
A atual pesquisa CNT/MDA também mostrou que os candidatos da terceira via têm o que comemorar, já que Ciro Gomes (PDT), João Doria (PSDB), André Janones (Avante) e Simone Tebet (MDB) oscilaram positivamente em relação a fevereiro.
Sobre a pesquisa – O levantamento foi feito por meio de telefone com 2.002 entrevistados de todo o país e registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o nº BR-05757|2022.
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Da Redação com informações da Veja
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