28.3 C
Manaus
domingo, junho 30, 2024

Imbróglio: Empresário Cyro Batará tem nome envolvido em polêmicas, suposto contrato irregular na CMM e questões judiciais não cumpridas

O nome do empresário está envolvido em diversas polêmicas, dentre elas o contrato bilionário firmado em 2020, entre em uma das empresas de Cyro Batará e a Prefeitura de Manaus, e supostas ameaças e perseguição a empresários de Manaus

Por

A prática do uso de pessoas fantasmas ou “laranjas”, para se beneficiar por meio do dinheiro público e omitir o verdadeiro dono do negócio, nunca esteve tão em evidência quanto na última semana, na cidade de Manaus, quando novamente veio à tona denúncias que apontam que o empresário Cyro Batará Anunciação teria usado outras pessoas para firmar contrato bilionário com a Prefeitura de Manaus, ainda em 2020.

O contrato em questão foi firmado com a empresa Amazon Watt S.A., pelo valor de R$ 1,3 bilhão, quando a mesma era representada por uma pessoa identificada como Leandro Gagliardi de Almeida Barreto, que seria “braço direito” de Cyro, e Flavia Jamilla Pereira Ramos, como conselheira de administração da empresa. Cyro Batará assumiu o empreendimento em 2021, demonstrando que possivelmente estava no meio das negociações ainda em 2020.

O contrato, que foi firmado ainda na gestão do ex-prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB), tem vigência de 27 anos, já que foi feito na modalidade de concessão. O que, na teoria, não justificaria o fato de um empresário, após adquirir a concessão de um contrato bilionário, passar a empresa, meses depois para outra pessoa.

Até o ano passado, o acordo não tinha saído do papel, mas em março deste ano, o Executivo Municipal enviou para a Câmara Municipal de Manaus (CMM) o Projeto de Lei Nº 055/2022 que previa a autorização por parte da administração municipal a realizar a concessão de serviços de implantação, operação e manutenção de miniusinas fotovoltaicas para geração de energia distribuída às unidades. A proposta foi aprovada na CMM, em regime de urgência, no último dia 23 de março.

Mais contrato – Outro contrato com suspeita de irregularidades foi o firmado entre a CMM e a empresa Amazonas Produtora Cinematográfica Ltda, do empresário Cyro Batará Anunciação, da rede Diário de Comunicação, em 2018 e que já está com o sétimo aditivo.
Firmado ainda na gestão do então vereador Wilker Barreto (Cidadania), o contrato N° 025/2018, passou também pelo comando de Joelson Silva (Patriota) e permanece na gestão de David Reis (Avante), que já o aditivou por três vezes, neste mais de um ano em que Reis está à frente da diretoria da Casa Legislativa. O sétimo aditivo do contrato Nº 025/2018 vai até 2023.

Em 2018, a empresa de Cyro foi contratada para realizar a “prestação de serviço de locação de toda infraestrutura necessária dos sistemas de transmissão, irradiação, estúdio, torre, abrigo, climatização e energia para difundir o sinal de Rádio Câmara de Manaus, na frequência de 105,5 MHz, decorrente do Pregão Presencial Nº 016/2018”, porém desde este período não houve mais processo licitatório o que pode indicar um suposto “favorecimento”, entre a CMM e a empresa de Cyro Batará.

Ameaça – Contra o empresário Cyro Batará, também pesa uma denúncia feita no ano passado pelo ex-secretário municipal de Educação (Semed), Pauderney Avelino (União Brasil), que expôs que vinha sendo ameaçado e perseguido pelo empresário, o motivo seria a anulação de um contrato para prestação de serviços de mídia entre a Semed e Cyro. Sob suspeita de irregularidades, o Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM) chegou a investigar o contrato fechado em 2020.

Ações na Justiça – Não bastasse a acusação de Pauderney Avelino sobre perseguição e ameaças, Cyro Batará também terá que responder na Justiça do Amazonas por supostos ataques ao empresário Alexandre Bronze, que acusa Cyro Batará de usar de sua influência empresarial e política para atacar ele e outros empresários da capital amazonense.
Esse já é o segundo processo judicial que Cyro terá que responder e inclusive pode implicar, caso expirem os prazos judiciais, até na prisão de Batará, que já teria descumprido recentemente uma decisão judicial, onde a Justiça pedia a retirada de diversas matérias que atacavam Bronze.

Após o pedido, apenas três dos cinco conteúdos publicados foram retirados imediatamente dos veículos de comunicação onde foram publicados. No entanto, após a extinção do processo, sem julgamento do mérito, mesmo com o acordo para a retirada das ofensas, Cyro teria descumprindo a sentença e republicado os conteúdos ofensivos ao empresário, que acionou novamente a Justiça e teve o recurso acatado novamente nas últimas semanas. A sentença, no entanto, conforme fontes, não foi acatada até então.

 

Da Redação

Fotos: Divulgação / Ilustração: Marcus Reis

Fique ligado em nossas redes

Você também pode gostar

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

spot_img

Últimos Artigos

- Publicidade -