O presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), deputado estadual Roberto Cidade (União Brasil), propôs a realização de uma audiência pública com representantes da Prefeitura de Presidente Figueiredo, da Eletrobras Amazonas Energia e comunitários para tratar sobre a abertura das comportas da hidrelétrica de Balbina e os possíveis danos que isto pode causar aos moradores do entorno da usina.
O presidente propôs ainda a visita dos deputados estaduais ao município para conhecer de perto as propostas apresentadas pela prefeitura municipal e pela concessionária de energia.
“Acompanho com preocupação o que está acontecendo na hidrelétrica de Balbina, em Presidente Figueiredo, onde a abertura ou não das comportas virou uma disputa judicial entre a prefeitura e a Amazonas Energia. Ontem estava conversando com interlocutores e uma liderança me questionou muito em relação a esse imbróglio. As notícias que recebo de Presidente Figueiredo, principalmente do meu amigo ex-vereador Ricelli Pontes, é que não é preciso abrir as comportas porque há dois segradouros que podem diminuir as águas. De qualquer forma é preocupante o que está acontecendo, se não houver uma decisão em breve podemos ver cenas lamentáveis”, alertou.
Roberto Cidade alertou ainda que as comunidades ao longo do Ramal da Morena e do Rio Uatumã, além dos moradores ao longo dos rios Macaca-Boia, Bela-Vista e Maracarana, entre outras comunidades próximas, podem ser prejudicadas se o impasse se mantiver por mais tempo.
“A população de Presidente Figueiredo não pode passar por esse constrangimento. Faço aqui uma cobrança à Prefeitura de Presidente Figueiredo e aos representantes da Eletrobras Amazonas Energia, para que entrem em um entendimento e assistam às famílias das comunidades que podem ser prejudicadas. Esse jogo de empurra pode causar prejuízos a, aproximadamente, 1,5 mil pessoas que vivem próximas aos locais que podem ser afetados pelas águas. Esse problema precisa ser resolvido com a máxima agilidade para que a população não continue correndo os riscos que corre hoje, uma vez que as águas continuam subindo já que as chuvas não param”, finalizou.
As comportas da hidrelétrica de Balbina deveriam ter sido parcialmente abertas no dia 7 de abril. No entanto, a Prefeitura de Presidente Figueiredo recorreu na Justiça e a abertura das comportas foi suspensa.
Desde então, técnicos da Eletrobras Amazonas Energia e funcionários da hidrelétrica monitoram o nível do reservatório porque há risco de rompimento da barragem e inundação de grandes áreas, inclusive de áreas ocupadas.
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Da Redação com informações da assessoria de imprensa